Oh meu velho cigano... Poemas MIL

Oh meu velho cigano...


Oh meu velho cigano que segue fatigante,
permeando rotas, buscando refúgio, um lugar,
uma palmeira ou carvalho para se acostar.
De corpo suado escaldando-se debaixo de sol,
não pode parar, há de vir chuva incessante!


De décadas cansadas, do exilio ao fim do mundo,
segue com fé e esperança de novo horizonte,
a vida lhe conceda pausa, horas, minutos,
o repouso do guerreiro, do cavaleiro andante,
erguer sua barraca, então se aconchegar!


Dos anos sem destino, sem teto e lugar,
sabe que o céu lhe será conivente,
n’algum lugar lhe dará o belo luar,
e estirado, deitado à luz das estrelas,
aos pés da fogueira poder sonhar!


Oh meu cigano, sem teto e sem chão,
das andanças extenuado e alquebrado,
carrega sua saga no coração,
a história da sua raça,
cumprida a sua missão!


‘O céu é meu teto;
a terra é minha pátria
e a liberdade é minha religião’
Lema cigano

Maria Iraci Leal/MIL
POA/RS/Brasil
10/01/2017
Obra protegida

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Comentários

  • MIL. Parabéns pela excelente qualidade dos escritos.

  • Maria Iraci Leal, que maravilha de exaltação da cultura cigana.

    3653214?profile=original

  • 3653219?profile=original

  • Muito  boa lembrança pôr em versos esse povo com uma cultura tão rica e tão bonita - e tão esquecida hoje em dia!

    Muito bela a homenagem com as suas palavras a nos dar os contornos  da vida nômade e livre dos ciganos!

    Depois da leitura, fica aquele gosto de "quero mais", MIL !

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