São profundamente azuis os meus olhos castanhos
orbitas cristalinas nas quais viajamos
que nas profundezas mudam de cor
consoante a alma e a nossa dor.
São castanhos quando choro
são azuis quando tenho amor
são um espelho quando me molho
camaleões que mudam de cor.
Mudam ao som da minha vida
ficam azuis com uma balada
mudam de cor os meus olhos
cor de terra molhada.
É nas profundezas dos nossos olhos
nas cristalinas e corais
que se encontram os diamantes
legítimos como cristais.
São tesouros naufragados
nunca reclamados por ninguém
só a nossa alma sabe
a cor que a vida tem.
Cristina Ivens Duarte
Comentários
Parabéns Cristina, os olhos veem tudo, mas é na alma que tudo acontece. Lindo poema.
Estive na sua deslumbrante página e não quis sair sem antes te deixar os meus carinhosos parabéns!
"Só a nossa alma sabe a cor que a vida tem"... lindo poema, Cristina.
Teu poema coloriu meus olhos, Cristina. Lindo!!! Bjs