Eu também já fui criança um dia
Daquelas que pulava e corria
E tudo graças a um imenso quintal
No entanto, vejam só que ironia
Hoje vejo crianças entristecendo a alegria
A sorrir pra ninguém um sorriso artificial
Bem vir tual!
Bem vir tual!
Ah! Ecoa ainda em mim
O canto alegre dos pardais
Empoeirando-se na relva do jardim
E o sabiá sabia sim
Dos segredos dos quintais
Revelados pelo solidário Bem-te-vi
Bem te vi!!!
Bem te vi!!!
Serão essas crianças
Homens, pássaros sem asas?
Se não há quintal em suas casas...
Ou, será que o sonho só alcança
Por onde o olho passa...
Já que o coração aos sonhos extravasa
(Petronio)
Comentários
Haverá, de qualquer jeito, um jeito de brincar com este mundo que impõe tantos limites. Lindo poema.
Destacado!
Quem sabe as crianças do futuro aprendam a rebentar os muros que vão muito além dos seus quintais, mas que estão erguidos em sua frente pelas abertas barreiras virtuais. Adoreiiiiii! Bjs