Por amor
Por amor não se devia chorar
não devia doer, nem latejar
é uma dor sem prescrição
sem remédio ou salvação.
O amor dói sem se ver
quando acaba, deseja-se morrer
não se come, nem se quer beber
vira pássaro que não pode voar
o seu poleiro tem lençóis
não há flores, nem rouxinóis
não há azul, nem amarelo
tudo é preto, nada é belo.
Ressequido e já sem lágrimas
procura uma sombra fresca
uma água de côco, que hidrate o corpo
mas a dor fica na mesma.
Só mesmo o tempo, ah! esse senhor
faz milagres.
Custa a passar mas, quando passa
ficamos tão fortes e revigorados
prontos a ser amados.
Recompostos os minerais
surge um passarinho novo
vem com um bando de pardais
a dar as saudações,"Viva o amor meu povo".
A brisa que corre, trás consigo um novo pólen.
O amor próprio.
Se nos amar-mos a nós mesmos, não doamos
a qualquer um, o que nos faz realmente felizes.
O amor.
Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
Comentários
Lindíssimas composição poética querida Cristina Maria, parabéns! Abraços
.
Grata Nieves, beijinho.
Grata Marso, bjinho.
Um poema lindo,perfumado com Abril, muito amor
e primaveras mil
Abraços
FC