Prelúdio
A chuva é bem-vinda,
pois há tanto não a tinha tão próxima!
Chegou cadenciada e trouxe cheiro de chão molhado
e viço de planta airosa.
Com ela, fragores de uma noite incipiente
resoluta em roubar-me o sono.
Entrego-me, porém.
Divago entre respingos e murmúrios diversos.
O céu é uma abóbada luzidia,
uma arena onde meus sonhos pululam
e minhas reminiscências despem-se de vestes rotas
e cheias de pó.
Uma música indefinida entrecorta mas, assim,
serve-me de prelúdio.
Comentários
Que belos belos versos Rui e ao som de chuva, um parto lindo.
Por favor, coloque a autoria ao fim da postagem.
Gosto demais da chuva.
Do cheiro a terra mlhada e das flores que espalham seus perfumes com ela...
Gosto demais do som dela nas ruas, nos telhados, nas janelas...
Olhar ao trasluz a água acir...
Como gosto demais de seu poema.
Bravo, poeta.
Obrigada por compartilhar.
Boa semana.