Atraídos clientes tirando os seus atrasos
No ocasionado prazer dos seus momentos
Existe o inesperado aniquilamento da vida.
É uma procura na barra pesada da noite
É a morte com sua boca grande no açoite
Sem abstinência ela vai devorando o iludido.
É um puteiro onde baila a inventiva saúde...
Corre no sangue da pobre fubana a cocaína
Um impiedoso gigolô negociando o corpo dela.
Dissimulam o extermínio da adiantada doença...
Não existe perspectiva da cura, não existe culpa
Em alugar seu corpo seus filhos choram de fome.
No intercâmbio ela vai transmitindo a moléstia...
Sem dó dentro do seu covil ludibria os incautos
Os captura nas entranhas com seu artificial gozo.
Lágrimas derramadas sobre o ataúde lacrado
Exalando o perfume da mortalha
É uma vela na sua sepultura...
SAM MORENO
Comentários
Crítico, reflexivo, retratando uma realidade da qual não podemos fugir por sermos os seus construtores. Eu li no dia que postaste.
Magistral e reflexivo poema, Sam, parabéns! Bjs
Rico poema, Sam! A retratada história e seus riscos... Um abraço, boa quarta!
Parabéns Sam por este maravilhoso poema!!!!
Maravilhoso amei parabéns abraços poeta aplausos
Concordo com Suzana...
Uma poesía magistral onde retratas uma horrivel realidade social, com auténtica maestría e boa literatura.
Uma mais que boa condena, alerta.
Também ficaria mais que bem no grupo dos Dereitos humanos.
Aquí ficam ausentes caisi todos.
Mas...
Incautos capturados...?
Não só seu gigolô é um delincuente.
Também quenes acudem a elas.
Ou é que os homes são idiotas e pobres imbéciles que se deixam "seducir"?...
Não.
São quenes buscan esse fázil e artificial prazer de goço animal quenes provocan que existam, quenes deixaram sua "molestia..." insalubre e mortal. Vidas destroídas... Por umos minutos de prazer carnal comprados como se fossem animais.
Sua insanidade.
Cada uma é uma historia.
E nenhuma comença por "vicio" nem por dinheiro.
Sim, pobres meninas.
Desgraciadas meninas.
E meninos!
E homens sem nome...
Não só pela saúde física, é claro.
Mas também pela saúde emocional, social...
Uma lacra. Vergonha humana.
Parabéns, querido e admirado Sam, grande poeta, e obrigada por compartilhar.