Abre-me todas as janelas
sobre os nossos sonhos
onde caiba somente
minha existência despertando
e irrigando a luz matutina
repentinamente um abraço intima
e teu ser minh’alma afagando reanima
Naveguem todos os barcos
pelas margens do teu mar
onde a foz se embebeda
de amores
por amanheceres casta
do tamanho de todos os oceanos
só pra mim
oh tu que ladrilhas o lajedo
da minha esperança legando
a cada lágrima que me embriaga
o verso fugaz e fecundo que
até o silêncio embarga
Vou a cada anoitecer
contornar-te a jusante
preencher os vácuos
de solidão que fervilham
entre suspiros semeados
nos ventos atemorizantes
Embriagar cada sonho
desfilando neste meu pulsátil
coração descarrilando em ondas
temperadas com sorrisos em
perfeita interação
Deixo que os aromas
primaveris sepultem toda
a nascente onde jorra o tempo
costurado em naperons de palavras
sorrateiras e refinadas com melancolias
tão lisonjeiras
Na longitude mais além
quando te contemplo no vagar
dos tempos
sei onde me embriagar em
cada milagre de vida neste aguaceiro
onde bebo a latitude dos teus beijos
e emolduro teu retrato despindo-se
em torrentes de amor numa procissão
exuberante…a preceito
…e depois…sim depois lapido cada
labareda do teu ser que desejo delirante
onde feliz me deleito a cada fulgurante
desaguar de uma emoção que aleito
reverberando na cumplicidade dos
corações cicatrizando as feridas
escondidas na gaveta dos ecos
clamando estrangulados
em gestos de amor capitulando
agora e sempre emancipados
Frederico de Castro
Comentários
Obrigado por me visitar, e assim, me dá o deleite de vir aqui, adquirir um pouco da sua substância.
Caro Sam o sentimento é recíproco
Bem hajas amigo
FC
Parabéns, poeta amigo, obra maravilhosa como todas as outras que fizeste. Abraços, paz e Luz!!!
Obrigado pela visita amigo Ilario
Desejos de um dia feliz
FC