Prudência

Oh, Coração temerário aonde vais,

Nestas andanças por caminhos arriscados?

Sabes que a noite sobrepõe os nossos ais,

Mas vais com calma que o destino é ousado!

 

Cubra-te com a lua, não madornes!

Não és tu, escravo desta solidão?

Os teus sonhos pelos olhos se escorrem

Não me vêm com essa tal contemplação!

 

Tu és agulha que alinhavas um reconto!

Um prisioneiro instalado em qualquer canto,

Não te entregues a paixões de lua cheia.

 

Preste atenção neste sol que ilumina...

O mesmo sol que às vezes alucina,

E aprisiona os teus sonhos e anseios.

Sandra Medina de Souza

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