Quando a chuva choraminga

Escuto nas sonoridades de uma prece
Todos os ecos do tempo sussurrando
E neles até meu subtil silêncio se enfurece
Massajando a alma feliz cantarolando

Soprei nas velas da esperança o olhar vigilante
Momento desta existência vestida de veludo
Embebedando cada segredo mais cintilante
Qual sonho enamorado que contemplo e desnudo

Há sinais de uma tempestade que choraminga
Fustigando aquela brisa mais arisca e apaziguante
Elegia poética delirando num verso que em ti se aninha
Num instinto dialético fatal e quase embriagante

Percorro agora o caminho das palavras destemidas
Descalço meu poema revelando toda a paisagem
Onde pavimento uma lágrima claudicando comprometida
Enquanto clonamos a vida como última homenagem

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3653235?profile=original

  • 3652963?profile=RESIZE_1024x1024

  • Magistral excelente parabéns sensacional
  • Aplausos, poeta, você é mestre neste tipo de escrita sedutora...Abraços, paz e Luz!!!

  • Até eu choraminguei, quando li o seu poema, parabéns amigo FC, beijinho.

    • Grato pela mensagem gentil Cristina

      Abraço poético

      FC

  • This reply was deleted.
  • Eu simplesmente adorei este poema!
    Magistral, poeta Frederico! Magistral!
    Receba meus efusivos respeitos!
    Abraços.
    : )
    • Grato Elaine pela visita

      abraços

      FC

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