QUANDO A ÚLTIMA FOLHA CAIR

Esfregar a minha tarde em outras tardes

De outonos com sinfonias de carnavais

 

Entregar a minha mão para ser macerada

Em labutas que nunca valerão a pena

 

Esticar o verso até que encontre o outro lado da folha

Para separar o espaço na perda de tempo

 

Estourar o tempo que era para a gente aprender a amar

Mas foi difícil tirar a máscara e começar a bailar entre flores

 

Eu era a mensagem que deveria ser decifrada

Mas preferiram o código da hipocrisia em dias de sol morno

 

Estacionar-se no pequeno vão entre o passado e o futuro

Esbarrar-se no sólido mundo de banalidades

 

Parece que minha missão é ter algo para dizer ao vento

Quando a última folhar cair sobre a calçada em silêncio

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