Esfregar a minha tarde em outras tardes
De outonos com sinfonias de carnavais
Entregar a minha mão para ser macerada
Em labutas que nunca valerão a pena
Esticar o verso até que encontre o outro lado da folha
Para separar o espaço na perda de tempo
Estourar o tempo que era para a gente aprender a amar
Mas foi difícil tirar a máscara e começar a bailar entre flores
Eu era a mensagem que deveria ser decifrada
Mas preferiram o código da hipocrisia em dias de sol morno
Estacionar-se no pequeno vão entre o passado e o futuro
Esbarrar-se no sólido mundo de banalidades
Parece que minha missão é ter algo para dizer ao vento
Quando a última folhar cair sobre a calçada em silêncio
Comentários
Muito bonito, parabéns poeta, abraços.
Sua missão é linda, poeta! Seus versos estão constatando essa verdade. Magnífico! Bjs