Quando o dia finda, o infinito se levanta,
A luz do sol descai sobre as searas,
Tricotando nelas uma graciosa manta,
Com o joio do dia, da tarde, e das aparas.
*
Com as mãos, afasto, invado os meus credos,
Auscultando o universo com toda a plenitude,
Laminando as searas pelos meus dedos,
Recordando a vida que me fora tão rude.
*
O meu corpo que era tão lindo, tão majestoso,
Se encosta ao sol também todo choroso,
Submerso agora na infinita solidão,
*
E o céu que ainda nem sequer mostra a lua,
Faz parecer que a minha alma está crua,
Me transportando para outra dimensão.
*
Cristina Ivens Duarte-13-01-2017
Comentários
A dimensão das palavras torna-se esse poema uma blandiciosidade onde os encantos do amor se amam em silêncio
Um poema para que se viaje nele, Cristina! Linda a paisagem que se vai desenhando a cada verso, linda a mensagem em perfeita sintonia com a foto!
Grata pelo gentil comentário amigo Edvaldo, beijinho.
A sua genialidade revela a grande poetisa mais um poema que encanta o coração!
Parabéns continue sempre assim a nos encantar.
Abraços
grata pelo gentil comentário amigo Hilton, beijinho.
Cristina. Acho de extremo bom gosto o feitio com que você joga com as letras e as governa com astúcia.