Sobre a mesa, um vaso contendo margaridas
A mesma estranha sensação de vagar sozinho
Aperta-me o peito e já penso em nossas vidas
Na alma me estrangula a saudade em nozinho
Conclamo, pois voltes desta vez em definitivo
Insinues que as dores não são um extermínio
E acredites na chance de permanecer bem vivo
Nosso amor empoçado em vertiginoso declínio
Figuremos de vez na mansidão de rasos mares
E rechacemos cada estorvo que nos incomoda
Anunciemos que viver o amor vale mil pomares
De cuidadosos gestos mantendo sempre a poda
Copiemos a brandura das nuvens tão peregrinas
Façamos o entregador de sonhos bater à porta
Empunhando uns cestos de estrelas matutinas
E o ramalhete de margaridas que ora nos conforta
Rui Paiva
Comentários
Belo, bem escrito, cheio de um lírico que encanta e emociona. Parabéns!
Amores e flores são um excelente tema, geram maravilhosos poemas como este. aplausos! Bjs
Aqui o menestrel Rui Paiva penteou o cabelo se perfumou vestiu seu terno de corte Italiano pegou sua caneta do ouro e construiu esse ilibado poema. Apesar do sentimento melancólico a poesia é irreprochável!
Saudade é privilégio de quem tem um coração sensível....Achei um encanto de ´poema, onde os sentimentos afloram os sentidos de quem ama intensamente....Que ele permaneça sempre e que seja eterno, enquanto durar...Parabéns....Beijos
Que lindoooo!! Espero que esse amor se mantenha, para regar essas Margaridas...maravilhoso Rui, beijinho.
Poesias que remetem a flores e cores são sempre belas, e esta ofertando paz e harmonia, traduz o que devemos sempre buscar na vida.Parabéns poeta.Bom dia