Reflexão
Mirando a juventude já passada,
diante do espelho a me indagar;
a me inquirir o tempo sem cessar,
sobre quem fui na força da alvorada.
Pergunta-me quem fui, quem sou na estrada,
que se ergue à frente deste caminhar.
Por que q'às vezes choro e lanço ao mar;
as lágrimas de dor, de amor, salgadas.
Que queres que te diga, amigo espelho?
Se trago sentimento rubro, enxangue
correndo nos sertões das minhas veias.
Em mim a cor que vibra é vermelho,
e na safena faz pulsar meu sangue,
quais forças que provocam luas cheias.
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Comentários
Bela e poética reflexão.
Um abraço, Adriano
Fantástico amei sensacional amei poetisa
Belo demais, Edith, lirismo e profundidade ímpares. Parabéns!
Um soneto lindíssimo, muito triste e excelente reflexão! Bjs.