Sangue

Sangue

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E o sangue que escorre entre lágrimas
Entre frases e palavras diminutas
Lava o fétido trajeto absoluto
Alinhava os anseios numa sátira.

É escasso esse sangue audacioso
Que percorre minhas veias em refluxo
Alimenta os meus órgãos num soluço
E o cérebro em estado infeccioso.

Não decifra a moléstia enraizada
Mas medica uma alma atemporal
Com as doses gotejadas no umbral
Eterniza uma história achacada.

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Sandra Medina

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Comentários

  • 3634199?profile=original

  • Lindíssimo poema, Sandra. Parabéns!

    3633849?profile=original

  • Teores admiráveis, enfim tudo de primeiríssima categoria e bom gosto.

  • 3633451?profile=original

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