Sem Sentido

Sem Sentido

Durmo nesta tua cama

inconsequente entre desejos sem sentidos,

faço como aquela que ama o bandido

e que esconde entre os seios o perigo.

São confusas palavras insonsas

que choram feito moscas sem gosto

com seus corpos desmembrados e tensos

que escondem o rosto.

 

Porque toda esta violência não demora,

esta dentro e não esta fora. Fora existe

apenas os pedaços deste poema que eu faço

sentado na minha poltrona, fora existe

também a inexistência do teu

regaço, e deste amor que desmorona.

 

Que o vinho sobre a mesa não me tire a

clareza desta minha aventura humana e da

desventura desta imprecisão. Resta-me apenas

o deserto árido da minha alma e da fonte seca

do meu coração.  

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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