Pele negra azulada, Sol escaldante
Cabelos soltos ao ar, crespos, imóveis
Olhos avermelhados, talvez de choro, talvez do Sol
Talvez da saudade
Dentes brancos e alvos
De chupar a cana, comer a mandioca
Lábios carnudos, cor de púrpura
Ás vezes doem as rachaduras
Nariz chatos e grossos
Para poder respirar no Sol escaldante
Pés chatos, largos, talvez por nunca
Terem sidos calçados
Nádegas voluptuosas, chamam a atenção
No andar dançante e sensual
Etnia linda, sorridente, forte e guerreira.
Voz masculina, firme e forte
A feminina, mansa e doce
Como doce são seus beijos e carinhos.
Também sou assim...
Talvez porque meus antepassados
Vivem em mim.
Sou feliz, pois me aceito assim
Negra, com maior orgulho!!!
Veraiz Souza - 11/11/16
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Comentários
Maravilhoso poema, poetisa, enalteceu suas origens, sua ancestralidade... Abraços, paz e Luz a você!!! Álifa Egbon Mi!!!
Não importa a cor, todos somos chamados de humanos e por assim ser, teremos todos o mesmo fim.
Lindo poema.
Parabéns Vera.
Safira, minha querida artista, boa tarde.
Amei sua Arte em meu poema, fico emocionada sempre. Mas este de hoje, com música e tudo.....fez-me chorar.
Mexeu com meus sentidos aflorados, minha sensibilidade, emoção e tudo.
Grata, por me deixar orgulhosa do que fiz e vc deu vida e beleza, aos meus versos.
Parabéns e abraços poéticos de Vderaiz Souza
É isso aí! Temos que nos orgulhar do que somos. Afinal de contas aqui, no Brasil, todos tem um pé na senzala e outro na aldeia. Num país miscigenado não existe branco de fato. Belíssimo poema, Veraiz! bjs
Bravo, negra...
De una blancucha sin melanina.
¿Sabe, amiga?.,..
Precisamente hoje, falando com meu menino, sobre dizer de alguém se é negro, branco, indio, moro....
diz-lhe a ele...
¿Acaso nascemos com uma etiqueta no bumbum?
¿De bebés, crianças, acaso olhava para o sexo ou a cor de seus amigos ,as?....Não, só olha outros meninos...
Não nascemos com etiquetas.
Não gosto colocar etiquetas, nem que ninguém coloque.
E me indigno quando falam de não ser racistas ou machistas... ou qualquer outro "ista"
mas dizem :
Um poeta "negro",,, diz,,,
¿Porqué adicona o de negro?.,.. Acaso se fosse branco diria : "Um poeta branco diz ?,,,
Ou deixam imagenes de meninas seminuas, a mulher objeto...
Ou só escrevem de sexo...
De necessidade de uma mulher para a cama,..
Não gosto de etiquetas.
E depende do país, teriamos que ter o dia do branco, ou do negro, ou do indio....E de que mais ????
Não gosto de etiquetas. Quantas mais colocamos, mais fundo é o buraco de nossas diferencias "mentais"
Se alguma vez posso sentir-me orgulhosa de algo, será de ser melhor pessoa... com sorte.
Seu poema é demais, grande Veráiz
Muito bom, mais que bom...
.....
Meu filho maior é como eu...
meu filho menino é mulato.
Minha neta nórdica-caucásica-ibero-celta-guanche.
Minha sobrina é chinesa
... Mas nenhum de nós tem "etiqueta"...
Temos Nomes de pia e sobrenome...
Também senti a dor e denigração do racismo brutal em paises onde a imensa maioria e de raça negra. Somado a que sou mulher em esses paises ainda mais machistas que a maioria.
E sabe qual foi o "maior e melhor " título que me deram quando me conheceram quenes me queriam lá=?...
Pareces negra ... ou pareces homem -pensar como os machos- e negro...
E devia agradecer, acima !!!!!! Era um elogio !!!!!... Incrível... né?..
Caisi devia pedir perdão por ser mulher e branca!
Sim, ter a pele branca, é um defeito, falta de melanina. E que?
Também necesitar óculos... E que?...
Não precisamos de etiquetas.
Ser pessoa,
E ponto pelota.
Bravo, amada negra, dessa branca rebelde, que gosta mais de falar a vc por seu nome, Veraiz.
Beijos