Sonhos audazes...

Sonhos audazes...

Um resto de noite à deriva...

no quarto com você, sozinha

vidraças d'alma embaçadas

sangram gotas invisíveis...

 

São desenhos de versos...

Vívidos na penumbra da memória desfilando fantasias,

lembram-me há quanto tempo não me arde o coração...

 

Perambulando por aí feito almas penadas

ora desejos, ora frustrações, buscam na tarde que se solta

a ingênua formusura dum doce veneno proibido...

 

do jeito do beijo...

das palavras sentidas...

ah, sonhos audazes...

 

se num instante, amor perdido, causa iludida são

noutro solidão, escuridão de outono

coração e  pele e paixão, eternamente...

 

Misturados, meia-noite, meio-dia

alagados num charco de murmúrios

bebem insanidade, recompõem ilusões...

 

Dão-me qualquer coisa que pareça eterno. 

Marisa Costa

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Comentários

  • Sonhos que penumbras pela noites de nossos pensamentos, vai pelo tempo onde os sentidos gritam a verdadeira essência dos corpos perdidos no tenso de uma maldita solidão

  • 3659055?profile=original

  • Maravilhoso poema, Marisa! Bjs

  • Parabéns, poetisa, poema lindo. Abraços, paz e Luz!!!

  • 3659099?profile=original

  • Fico aqui pensando seu texto daria um excelente monólogo. O espectador estaria compenetrado no texto do princípio ao fim.

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