Em lágrimas um nordestino sofredor,
Um desespero sem pudor,
Braços estendidos em súplicas,
Ó Deus! Porque tanta dor?
Um céu em brasa fustigando,
Um nordestino em prantos,
Pés descalços em lamento,
Terra seca queimando.
Lágrimas molhando o chão,
Incertezas que virão,
E a chuva? Não há de vir não?
Porque não cai uma gota neste chão?
Foram tantas as rezas,
Que a fonte secou,
Nada mais resta,
A não ser um deserto, estéril e sem cor.
Um nordestino em desatino, triste destino,
De quem a sina, ensina-te,
Que o lamento, é tua esperança,
E teu choro, teu acalanto.
Mais Deus, não resistiu às preces e tanto insistiu,
Que a tua espera, fosse à divina inspiração,
E como magia, fez-se o milagre,
A chuva molhou todo o sertão.
Ricardo Sales.
Comentários
Uma bela tela poética, Ricardo. Parabéns! Bjs
Os meus textos falam do povo brasileiro, suas angústias e suas dificuldades, o em alguns lugares chove em abundância, em outros a seca torra a terra. É o nosso Brasil continental. Mais assim mesmo, ainda somos um povo feliz. Abraços.
Passando para deixar gravada aqui a minha admiração. Gostaria de ter mais tempo para visitar todo mundo que gosto.
Sua admiração é recíproca. Os afazeres do dia a dia, nos reserva pouco tempo para nos dedicarmos a poesia. Um abraço.
Obrigado. Seus comentários valem muito. Abraço.
Sou apenas um construtor de texto. Obrigado pela leitura. Abraços.
Muito obrigado dar este destaque a este texto. Ficou maravilhoso. Abraços.