Oh! quero-te tanto, tanto...
que lua corre ao teu encontro,
suplico aos céus em grande pranto,
quem sou eu, senão um morto .
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Sou um mendigo moribundo,
de estômago vazio de tanto castigo,
minhas lágrimas são o fim do mundo
inundando o meu jazigo.
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A minha necessidade é sofrimento,
é agonia que sangra,
o flagelo é pigmento,
que o meu corpo não anda, desanda.
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Procuro-te nos bosques ao relento,
iluminado por ti minha estrela,
a paixão e a fúria do vento,
escureceu a minha nobre alma e serena .
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Sou alguém que cai desamparado,
despedaço a minha emoção,
ficando o meu coração desancorado,
afogando-me na solidão.
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Sou pena solta a voar,
sou fogueira que se apagou,
pingo a pingo me estou a matar,
por uma flor que secou e murchou.
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Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
Comentários
Obrigada Marso beijo.
Cris, que belissima declaração de amor em magníficos versos, amiga!
Parabéns!
Bravo, poetaza.
Beijos
Querida Nieves, obrigada pelo seu caloroso comentário. Beijinho.
Grata Marcia, beijinho.
Lindo lindo Cristina, por isso Pessoa dizia:
- A renúncia é a libertação. Não querer é poder.
Parabens tb pela escolha musical
FC
Obrigada pelo seu caloroso comentário amigo FC, abraço forte.