A brisa passou por aqui, soprava forte
Despiu a blusa do tempo impregnando a sensualidade
Da vida prolixa, assanhada, perpetuando a anatomia de
Uma noite que se desnuda numa intemporal anacronia
Foram teorias da conspiração dissecando o tempo
Perdido no catálogo das memórias insuficientes
Alimentando a fórmula das ilusões onde conjeturo todas
As gargalhadas inaudíveis numa dicotomia de versos luzindo
Na linguística da minha ideologia poética implodindo
Deixei repatriar aquele indelével espaço da alma
Quando nos fundimos complacentes tarugando
A osmose perfeita das nossas dissidências
Quase caóticas deixando nos sonhos o lastro
Das saudades remoendo…remoendo sem reticências
Chegará nos ventos toda a brisa onde beberico a paisagem
E uma saudade que me acode sorrateira…silenciosamente
Inacabável distância que nos separa farfalhando a noite
Que se tempera com teus perfumes excepcionais…furtivamente
Foi tempo de esticar o trópico de câncer
Pernoitar no acolhedor horizonte equatorial
Disputando a imaginária longitude dos nossos
Beijos alimentando o hemisfério do amor setentrional
Foram teorias da conspiração
Destroços de um cálculo algébrico onde retempero a vida
Gemendo entre equações de ilusão matemática e a escória
Dos dias imemoriais deixados saltitando no lazer do tempo
Enferrujado cativo no pantanal poético e extrassensorial
Frederico da Castro
Comentários
Você tempera suas poesias com perfumes excepcionais, aplausos amigo FC, beijinho.
Esse tipo de conspiração, vale a pena. Sensacional! ( a música, agora, está tocando)Bjs
Obrigado pela mensagem Marso.
Depois me informe como se faz para a musica tocar automaticamente
Abraço fraterno
FC
Que linda composição cara amiga
Enquadramento perfeito
Meus sinceros agradecimentos
FC
Frederico, vou chover no molhado de novo: Você é sensacional.
Grato Sam. Já disse e volto a repetir caro amigo
sua visita é sempre um estímulo
Abraço fraterno
FC