Mãezinha, que suponho no céu,
- com outras, tu a entretê-las -
faz-me tua criancinha, despe o teu véu
e me embala em um cordel de estrelas.
Canta para mim uma música de ninar
da nossa aldeia, das nossas origens,
(um sem-número de pássaros a gorjear)
e velas meu sono em uma concha de nuvens.
Não te esqueças de pedir ao Criador
para que as pessoinhas não durmam ao relento,
a fim de que tenham um sono reparador
e ventos contrários lhe tragam aquecimento.
Estou juntando trocados para te presentear
[que tipo de presentes há para entes celestiais?]
enquanto te lembras da gente e miras o mar
e eu rezo por ti chorando lágrimas de cristais!
Rui Paiva
Comentários
Que lindo e meigo poema, Rui. Parabéns pelos lindos sentimentos expostos neste poema.
Bela noite.
Destacado!
Obrigado pelo presente maravilhoso que nos deu. Sua inspiração completa a beleza desse casamento poético.
Obrigado, Rui! E parabéns pelos lindos versos! Bjs