Meu bom marinheiro
faz-te ao mar
Empina outros ventos
velejando em mim
Arrasta todas as ondas
e traz-me somente uma
boa noticia
Acredita nas nuvens chegando
pintando os oceanos com azuis
brilhando que nem corais
promessa de vida num cântico
iluminando a manhã com esperanças
tão magistrais
Vem e veleja toda em mim
descortina comigo todos os mares
onde nos afogamos nas avenidas
marítimas do amor
Revela-me o silêncio onde com
rigor num assomo de alegria
aportamos ali juntinho às
margens do tempo fronteiriço
dormitando no cais da nossa euforia
É tempo de apaziguar este mar
revolto
Soltar as amarras e velejar
velejar,até ao fim do mundo
…ir além do além…mais que além
Escrever no protocolo da vida
todas as palavras que navegam
à bolina das nossas fiéis
e peregrinas viagens assentes
num verso circunavegando este
mar de eterna calmaria
O mar arrotou sua espuma
e lá surfamos toda a onda
que brada na escotilha do tempo
onde revejo os mandamentos
pintalgados na formosura
da ode poética e sensual
qual doce iguaria velejando a estibordo
de tantas, tantas léguas marítimas
zarpando daqui num vento de
feição e tão cordial
Frederico de Castro
Comentários
Aprecio bastante os seus escritos, captam muito bem as diversas alamedas da literatura.
Velejar no mar do amor é uma mais maravilhosas aventuras como os teus versos nos mostra. Parabéns! Por mais uma espetacular obra poética! Bjs
É preciso descansar e de fato navegar e desfrutar da paisagem que ainda conserva a vida que sobra.
Lindíssimo.
Parabéns
Destacado!