Voejar

Regorjeios na lateral de meu encéfalo

Perturbada vejo a noite navegar

Tenho marcas açoitadas no reverso

Sou estrada desenhada no luar.

 

Ambulante esta vida emaranhada

Um casebre de ideias temporais

Pensamentos displicentes na calçada

E uma voz embriagando os meus ais.

 

Tão funesta esta terra de agonia

Onde os sonhos desencarnam no final

Sentimentos vão deixando poesias

E minh'alma viajante atemporal.

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Sandra Medina

 

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