ANIVERSARIO-CPP-09-ANOS-2

Título do Sarau: 

Laços de amizade

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Tema:

Livre

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Regras de participação

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1.Todos os membros podem participar;

2.É proibido o uso do tema como título das obras;

3.Cada autor pode participar com 3 obras;

4. Cada obra deve ter no mínimo 8 versos e no máximo 25 versos ou, meia lauda (página) no caso de textos em prosa;

5. Não serão aceitos poemas de cunho religioso, político partidário e erótico;

6.As obras devem ser postadas dentro do link deste Sarau e de modo escrito, na caixa principal do tópico;

7. O Sarau estará vigente por todo o mês de setembro até o dia 30  de outubro do corrente ano.

8. Permite-se apreciação (comentários) nas obras;

Este sarau será diagramado para a antologia Laços de amizade.

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Boas composições!

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Respostas

  • Caxixaria

    No cantinho mais discreto da roda de escritores, entre olhares trocados e silêncios eloquentes, nasce a caxixaria. Não é uma conversa aberta, cheia de palavras e promessas de explicações. Não. É mais sutil, como a brisa que passa sem fazer barulho, mas deixando a sensação de que algo foi dito. Algo muito mais profundo que palavras.

    Eu estava ali, naquele pequeno encontro, observando os outros como se eu fosse apenas uma testemunha silenciosa. Sabia que as palavras que se trocavam eram apenas uma camada fina de algo muito mais significativo. No centro da roda, dois escritores, que nunca haviam se falado antes, começaram a rir. Riam da mesma coisa, sem ao menos precisar detalhar o que era. Era a visão de um mesmo mundo, expresso em dois olhares. Um espelho de ideias, onde o que se via era o reflexo da alma de cada um. Aquela risada não precisava de explicações. Era uma caxixaria em movimento.

    Caxixaria é o que acontece quando os escritores se encontram e, sem pressa de falar, começam a se entender. Não há pressa para dar uma resposta, não há pressa para explicar, pois já sabem que se escutam na mais pura essência. Uma troca tão sutil que até os silêncios têm peso e significado. É uma dança de palavras não ditas, onde o olhar e o gesto valem mais que qualquer narrativa elaborada. Um sorriso discreto pode ser uma história inteira, um gesto sutil pode carregar um capítulo de emoções.

    Ali, naquele círculo de troca silenciosa, aprendi que nem toda conversa precisa ser verbalizada para ser entendida. O simples ato de ouvir o outro, com atenção e respeito, já é uma forma de se conectar profundamente. As palavras se tornam apenas a embalagem de um presente maior: o entendimento genuíno. E quando isso acontece, como uma caxixaria bem feita, o vínculo entre os escritores não só se fortalece, mas se perpetua, sem pressa de ser explicado, sem pressa de ser consumido. A verdadeira amizade entre eles é escrita em gestos, em risos compartilhados e, principalmente, nos silêncios.

    No fim, a caxixaria se revela como o maior segredo dos escritores: o entendimento mudo, que vai além da escrita, além da fala. É ali que se forja uma amizade verdadeira, sem exigir explicações, mas que sobrevive na memória de cada olhar.

    Helena Bernardes 

    06 nov 2024

  • Entre Letras e Silêncios

    No círculo onde o silêncio se entende,
    palavras leves se tornam ponte e laço,
    onde o olhar, sem pressa, se estende,
    e o gesto sutil revela o passo.

    Caxixaria, troca sem falas, pura,
    onde a amizade é tecido sem trama,
    no silêncio se faz a aliança segura,
    e a alma se encontra, sem pedir fama.

    Nos olhos que se cruzam, sem dizer,
    há mais que palavras, há o entendimento,
    um elo invisível que pode crescer.

    E na troca muda, sem movimento,
    cresce a amizade que o tempo não desfez,
    um vínculo profundo que a escrita fez.

    Helena Bernardes 

    06 nov 2024

  • Alguém ainda deseja postar mais algum poema? Se sim, faça com brevidade.

  • Casa da Amizade! Não só, mas também Casa do amor!

    Maria Angélica de Oliveira

     

    “Aqui é meu segundo lar!”

     

    Quantas e quantas vezes eu disse essas palavras para definir o sentimento que tenho pela nossa querida Casa dos Poetas e da Poesia.

    São 9 anos de sentimentos intensos, de perdas irreparáveis como nossa Marso, Rosita e tantas outras e outros, que nos marcaram a alma a ferro, deixando uma cicatriz no coração que, nos lembra a todo momento o quanto somo frágeis. Um sopro de vida!

    Nesta Casa senti dores mas fui consolada pelas palavras de amor que, só quem está na mesma sintonia é capaz de ver, além do que queremos mostrar.

    Tempos difíceis me tomaram o prazer da poesia, que permanece adormecida em algum recanto onde, nas visitas ao meu lar de amor, fazem surgir flores salpicadas, aqui e acolá.

    Amigos nos fazem falta, mas aprendi aqui, na minha Casa amada, que os laços que criamos permanecem para sempre no coração daqueles que acreditam no poder das rimas e versos.

     

    CPP - 20/10/2024

    • Carinhosa mensagem que certamente, é o sentimento de todos aqui, um afeto e apreço pelos colegas e estima pela palavra escrita. Parabens, Angel.

  • Nós

    Maria Angélica de Oliveira

     

    No laço brando do amor

    Nos nós dos entrelaços

    Nos tornamos nós.

     

    Vidas que se misturam em versos

    Numa composição de rimas

    De nós que atam e desatam.

     

    Somos poesias, somos sonetos

    Somos palavras soltas ao vento

    Somos nós que se entrealaçam em nós.

     

    CPP - 20/10/2024

    • Digno de aplausos e flores, Angelica.👏🌹

  • Laços de amizade

    Maria Angélica de Oliveira

     

    Amizade...

    Palavra simples de sentimentos profundos.

    Nos laços nos descobrimos.

    Na amizade nos construímos.

    Aqui, nesta Casa de encantos,

    nossas vidas se entrelaçam,

    nos transforma em uma única família

    com altos e baixos, magia e cantos,

    seguindo o caminho que nos curam os prantos.

     

    CPP - 20/10/2024

  • SENHORA DAS GRAÇAS, VEM!

                                    à tia Ana   

    Estão improváveis 
    Nas suas avencas 
    Os verdes que amava. 
    Já não olha as cores.

    Bem mais improváveis 
    Os tons dos bordados 
    Nas suas toalhas, 
    Em que não repara.

    Mais que improváveis 
    Agulhas e linhas 
    Entre suas mãos, 
    Sem tecer belezas.

    Pálpebras descidas, 
    Cheia de tristeza: 
    Seus irmãos e irmãs 
    Não estão aqui.

    Todos já se foram. 
    Cumpre a missão 
    Mais dura: sozinha.

    Levante seus olhos! 

    A tristeza passa.
    Precisa passar.
    Senhora das Graças
    Vem, e ela passa...

     (E. Rofatto)

    • Edvaldo, a sua poesia é carregada de tudo o que a tristeza tem de belo!

      Parabéns!

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