Rondel
O Rondel é um gênero de poesia francesa. Sua forma é sempre a mesma, não varia nunca.
É formado por duas estrofes de quatro versos e uma de cinco versos, nesta mesma ordem.
Pela maneira que é estruturado, o Rondel irá sempre ter apenas duas rimas. As rimas são: ABAB/BAAB/ABABA.
Tem uma peculiaridade: os dois primeiros versos da primeira quadra vão ser os dois últimos versos da segunda quadra.
Temos que cuidar ainda, que o primeiro verso da primeira quadra será o último verso do poema (da estrofe de cinco versos).
A preferência do versos é de sete ou oito sílabas poética (não é rígido), portanto pode ser feito em verso livre, só não pode ser verso quilométrico.
Exemplo
Sofri por amor, mas meu pranto secou-se, (A)
Nas íngremes margens da desilusão! (B)
Amargo meu peito de dor exilou-se, (A)
Nas grutas profundas da dor, solidão. (B)
Tornei-me rascunho, mera ficção, (B)
E apenas tristezas o tempo me trouxe. (A)
Sofri por amor, mas meu pranto secou-se, (A)
Nas íngremes margens da desilusão! (B)
De todo esse amor que era tão doce, (A)
Ficaram lembranças caídas ao chão. (B)
Mas a poesia não congelou-se (A)
E brota do fundo do meu coração. (B)
Sofri por amor, mas meu pranto secou-se! (A)
Edith Lobato
A oficina funcionará do segeuinte modo:
Será deixado um mote de um verso para o participante se inspirar ou usar este verso como começo do seu rondel, quando postar sua composição, deve deixar outro mote em tela para o próximo partiicpante.
Regras
1. Todos os membros podem participar.
2.Permitido comentários sem imagem.
3. Permitido formatação dos poemas.
4. É proibido o uso do mote como título da obra.
Boas composições!
Respostas
Coração magoado
"O dia nublou quando o sol se escondeu"
Perdi a alegria, fiquei entristecida
Foi no outono quando perdi o amor meu
Hoje sigo acabrunhada diante da vida
Guardo ainda comigo a carta recebida
Consternada ao ler o que você escreveu
O dia nublou quando o sol se escondeu
Perdi a alegria, fiquei entristecida
Vi então, era mentira tudo que prometeu
Nada daquilo existia, fui por ti iludida!
Como pode fazer isso, meu coração era teu
Meus dias sem cor, minha alma sentida
O dia nublou quando o sol se escondeu
Lilian Ferraz
23/08/2022
Coração Magoado! Encantado!!!
Mote em tela
" O dia nublou quando o sol se escondeu"
Quem dera
Quem dera morrer em teus braços, amor
Desfrutar do calor que há em teu abraço,
Morrer seria graça sentindo ardor
Ah! Morreria feliz em teu regaço!
Há tantos anos penso no que faço
Se acaso perder todo o seu fervor?
Quem dera morrer em teus braços, amor
Desfrutar do calor que há em teu abraço!
Zelei dese querer com tal primor
Que esqueci todos meus embaraços
Quando provei de ti o teu sabor
E quando em teu corpo todo me enlaço
Quem dera morrer em teus braços, amor!
Márcia A Mancebo
01/08/2022
Quem me dera escrever assim Márcia! Parabéns!!!
Mote
" Quem dera morrer em teus braços amor"
"A luz dos teus olhos, qual verde anilina"( Mote Edith)
Veneno
A luz dos teus olhos, qual verde anilina,
Mas são sedutores cheios de fervor
O único receio é morrer tão menina
Sem aproveitar os momentos de amor.
Morrer em teus braços sentindo o olor
Do corpo ardendo sob flama cristalina
A luz dos teus olhos, qual verde anilina,
Mas são sedutores cheios de fervor.
Essa luz que tens a mim, é vitamina
Aguça o prazer, pois, sinto teu sabor
É qual fogaréu que ao chegar, extermina,
Mas quero provar e sentir teu calor
A luz dos teus olhos, qual verde anilina
Márcia A Mancebo
30/07/2022
Sem veneno, Márcia! Só amor!!!
Mote em tela
A luz dos teus olhos, qual verde anilina.
Nas noites de inverno ouço o vento passar (Marcia)
Noites de inverno
Nas noites de inverno ouço o vento passar,
o sono não vem e a saudade é inquilina.
A friagem da noite congela meu ar,
as horas se arrastam no amor de menina.
Lá fora há silêncio nos vãos da neblina,
e um cão vagabundo insiste em rosnar.
Nas noites de inverno ouço o vento passar,
o sono não vem e a saudade é inquilina.
Entre a colcha e o lençol, meu ser a sonhar,
Vai nascer outro dia, além da colina,
E com jeito me ajeito, nada mais a pensar.
O vazio toma conta e a hora declina,
Nas noites de inverno ouço o vento passar.
Edith Lobato