PROPOSTA
Esta oficina destina-se à composição de poemas sobre palavras deixadas aleatoriamente.
Regras
1. Todos os membros podem participar.
2. Ficarão em tela 4 palavras aleatórias para composição.
3. O participante deve compor nas palavras em tela e ao postar seu poema, deve deixar outras
4 palavras para o próximo participante.
4. Os poemas criados devem ser postados em texto escrito, sem arte, na caixa de resposta principal da oficina.
5. É permitido comentários de apreciação sem imagens nos textos.
Boas inspirações!
Respostas
Palavras em tela:
Esteio, horripilante, larva, horizonte
Metamorfose.
Sou pupila da vida, compreendi.
Estou envelhecendo e muito aprendendo
Vejo e ouço coisas que jamais vi e ouvi
Fico sozinha refletindo...pensando
O mundo está diferente do que aprendi.
Tenho que seguir como segue os demais.
Não sei se estou errada, assim, pensar
Se não aceitar, fico para trás,
Me sentirei isolada, chata... sem poder explicar.
Sinto meu velho coração apertado
ter que fazer uma demolição,
meus roteiros são antiquados
e serei chamada de velha sem noção.
Resta apenas rezar e seguir a corrente;
estar alerta se houver algum imprevisto.
Estar pronta pra ajudar essa gente,
essa moçada que pensa diferente,
que vê o futuro com olhos luzentes.
Márcia A Mancebo
18/02/2020
Palavras em tela:Roteiros, demolição, pupila, imprevisto
Fatal homicídio.
Nada no ser humano é incondicional
Ele não dá incondicionalidade ao amor
Porque não tem preparado o emocional
Para amar e, só amar sem sentir dor.
As aventuras do amor lhe causam medo
Já que a possessividade é que lhe guia os passos
E por não conhecer o amor e seus segredos
Ele teme a liberdade de seus laços.
E essa liberdade tão assustadora
Que o amor exige para se prender
Causa uma possessão tão predadora
Que faz o fatal homicídio acontecer.
O amor é ilimitado e criança
Não tem regras, nem padrões para amar
Ele precisa do suporte “confiança”
Para viver livre e se eternizar.
Marsoalex – 17/02/2020
Palavras em tela
Incondicional, aventuras, homicídio, suporte
Não esperes perdão
A refletir não consegui entender
O meu coração intumescido, ferido
Essa dor não dá pra compreender
Ouvir asneiras de quem chamo de querido.
De quem eu fiz os dias serem fúlgidos,
Infestados de carinhos e alegrias
Com ternura à sua vida dei sentido
fazendo– o esquecer da nostalgia.
Chegas a mim como um predador
Sacrificando – me como culpada
de seus percalços e de seu mau humor
esquecendo que a ti, fui dedicada.
É melhor para nós dois, sem discussão,
Junte os seus trapos, vá se embora.
Deixe que eu cuido da vil solidão
que agora já não me apavora.
Nosso fim começa hoje sem louvor.
Com o tempo, sem ti, acostumarei.
Declaro que morreu nosso amor,
Não esperes perdão, pois, não darei.
Márcia A Mancebo
15/02/2020
Palavras em tela: Fúlgidos, intumescido, predador, trapos
O narcisista.
Na vida, o maioral é sempre o menor
Por se achar um ser superior
Mostra sempre de si o seu pior
Demonstrando o quanto é imperfeito
É ser humano que pensa ser melhor
E que, por ser melhor é isento de defeitos.
Vive preso no sepulcro da vaidade
Só enxerga a dimensão do próprio umbigo
Transforma seus defeitos em qualidades
O espelho de si mesmo é seu abrigo.
Faz do narcisismo seu moleque de recado
E o “Eu sou” que ele está sempre a repetir
É apenas o avesso de quem sabe estar errado
É a forma enviesada pra se autodefinir.
E nem a curto ou a longo prazo
O narcisista vai se corrigir
Não importa a dimensão de seu estrago
E nem a quem ele possa atingir.
Marsoalex – 15/02/2020
Palavras em tela:
Maioral, sepulcro, recado, lago
Sonho abrasador
Em imersão pus o meu sonho lindo
Pra que de tempo de o acalentar
Pra que com o tempo torne infindo
Traga ao meu dia fascínio ao o relembrar.
Nele contém relíquias de momentos.
É tão abrasador, tão cheio de alegria;
Risos felizes livres de lamentos
E coloridas e ternas fantasias.
Anseios arraigados que no íntimo reluz;
Afagar tua face com um doce beijo,
Ser tudo que dá prazer e seduz,
Em teus braços sanar meus desejos.
Adormecer sob a luz da prateada lua
Somente com frêmito acordar...
...com o som da trombeta na noite nua,
Com a voz de anjos a me chamar.
Márcia A Mancebo
10/02/20