Ah! como eu queria

 

Ah! como eu queria sentir eternamente
o poder da poesia e da musica
aquele arrepio que vem de repente
e torna transparente a minha tunica.


Preenche cada espaço vazio
do meu corpo misero e infeliz
arregalando os olhos de tanto brio
enterrando a dor com uma longa raiz.


Ah! como eu queria que todos os humanos
experimentassem esta divina arte
de sentir enquanto choramos
e voamos para o planeta Marte.


Um longa viagem de ida e volta
em que os membros permanecem estáticos
uma cura para a nossa revolta
um sonho com momentos mágicos.


Perdura o esvoaçar de uma borboleta
para embelezar o momento poético
com o brilho de um lindo cometa
deixando o meu corpo em transe e frenético.


A dormência faz-me esquecer quem sou
sentindo-me uma pequena estrela
uma criatura que na vida sempre brilhou
com a poesia e a musica se assemelha.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte

 

 

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