E no fim resta...
A madrugada que se despede impotente
devoradora qual réstia de uma ilusão enferma
ondulando pelos beirais do meu coração
Memórias idas nesta epidemia de saudades
onde esquartejo a vida repleta de solidão
E no fim resta...
Aquilo que a alma regurgita
deprimidos risos escondidos em cada
célula que prolifera nesta química activa
em excursões perniciosas qual sacrifício
que se apressa numa esperança que vive
silenciosa e possessa
E no fim resta...
Apenas chegar ao fim
apalpando a insanidade desta solidão
onde desfaleço e já não ressuscito
administro apenas e só em cada molécula
de silêncio as fracções de um eco mais paciente
diluído em gotas de amor convalescendo com
esmero…sentença de um fôlego efémero
E no fim resta...
O revigorar da esperança
deixar nesta colectânea de versos
o remédio santo que vislumbro na farmácia do
tempo qual elixir de toda nossa perseverança
Frederico de Castro
Respostas
Lindo versar Frederico. Belíssima inspiração.
Parabéns!
Do vidro do elixir sorvi o conteúdo inteiro e, com certeza, voou sair daqui revigorada. Deslumbrante! Bjs
Belissima composição...dá mais corpo ao texto
Grato fico Marso, bem hajas
FC
Poeta Frederico, estava com saudades de ler suas poesias! Conteúdos
plenos de reflexão, harmonia, beleza e uma belíssima inspiração!
Muito linda essa poesia! destaco, aqui, a última estrofe, por conter
uma mudança de sentimento dessa coletânea de versos. abraços!
E no fim resta...
O revigorar da esperança
deixar nesta colectânea de versos
o remédio santo que vislumbro na farmácia do
tempo qual elixir de toda nossa perseverança
Frederico de Castro
Linda mensagem Mena. Grato ficosempre com sua
estimada visita
Abraços
FC