Em todas as línguas
O mar é salgado em todas as línguas,
e em todos os sonhos o mar é salgado,
num quarto de lua, de sonho albergado,
nos grãos de areia e em luas minguantes.
Na friagem das noites, marés e vazantes,
o mar é salgado no tempo que passa,
e em toda batalha que a alma abraça,
a salmoura do mar é paladar de saudade.
Nas águas do mar quando a dor nos invade,
a saudade da mãe e do pai é martírio,
um consolo que a alma anseia, um idílio,
de um sono tranquilo no colo materno.
O mar é salgado e o tempo é eterno,
e em todos as povos, um coro é certeza,
o maior sentimento em profunda beleza,
é a grandeza do amor entre todas as línguas.
Edith Lobato - 29/07/16
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Respostas
Lindíssimo poema, amiga Edith! Bjs.
Sem igual, meiga.
Sem palavras também.
Beleza, profundidade e perfeição...
Qué dizer?
A seus pês com minhas reverências.
Bravo, amada minha.
Demais.
Belíssima composição! Sinto-me privilegiado em estar aqui te decodificando. Erguemos um brinde: Tim...Tim... Cumprimentos !
É um deleite ler teus versos!
Parabéns!
Maravilhoso poema!