Oh tu, que vais na vida assim cansado
Oh tu, que vais na vida assim cansado,
deixando para trás pegadas tuas,
no chão com um som martelado,
gravado nas areias finas e nuas.
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São pegadas molhadas num grito,
quando choras abraçado ao arvoredo,
os teus pés são fissuras de vidro,
lágrimas com um trago a azedo.
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Quando pensas que estás desperto,
adormeces a pensar na fadiga,
será a tua vida algo de concreto,
ou caminhas ao lado da tua inimiga?
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Não terá ela os olhos de Deus,
e vês nela a brancura que queres,
caminhas assim, sem sequer um adeus,
fazendo da vida, a tua mulher.
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Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
Respostas
Aplausos!
Versos encantadores, Cristina. Aplausos! Bjs
Belíssimo poema!
É belissimo e muito bom, minha amada Cristina.
Beijos, poetaza.