Vou contar carneirinhos para dormir
Sem casa.
Sem teto.
Sem nada.
Jogada à sorte.
Sem bens.
Moradora da rua sem nome
Ao lado da casa de ninguém.
De dia o prato de comida
Depende da bondade de alguém.
O banho e o curativo das feridas
Depende de outros também.
Emprego ninguém quer me dar
Da má aparência sou refém.
Vestida com roupas usadas
Sem tamanho
Sem cor
Sem ferro para passar bem.
Mas à noite no banco da praça
Vou esquecer toda a desgraça
Fazer uma oração
E depois
Vou contar carneirinhos para dormir
Vou voltar a ser criança e sorrir.
Dolores Fender
21/01/2017
Respostas
Lindíssimo teu poema, querida.
Parabéns!
Obrigada, Edith!
Que lindo que você deixou o meu poema, Edith! Obrigada! Você aprendeu com a Safira ou foi ela que aprendeu com você? vocês duas são o máximo! Beijos!
Não, eu aprendi o básico com um tutorial de Marsoalex, que está no grupo de tutoriais.
Safira é outra dimensão, quem dera, quem dera! rsrsr
Parabéns pela bela construção.
Por favor, vá em frente!
Obrigada!