Sonho de amor
Na rosa que exala fragrâncias ao vento
Discreta e faminta sutil borboleta.
Afim de sugar o mais nobre alimento,
Bailava, girando, qual fosse roleta.
Segura na haste a rainha ao relento
Recebe o cortejo na rama secreta
E todo o jardim respeitoso ao momento
Espalha perfume por todo o planeta.
C’a pena na mão quase nem respirei.
Sentada no chão congelada fiquei,
No dulce momento em que a flor se arrendava.
No pardo papel alguns versos pintei,
Com rimas rendadas assim rascunhei,
O sonho de amor que a poesia inspirava.
Edith Lobato – 03/05/15
.