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Utopia

UTOPIA


Pensar num mundo onde só haja amor
Fazer bondade à menor das criaturas
Não é ação impossível, nem sacrifício
Basta seguir os mandamentos do Senhor.

Sentir a presença dos irmãos sofredores
Levar-lhes alento nas horas de tristeza
É possuir a mente e o coração abertos
Para mergulhar nos problemas e nas dores.

A utopia não é algo irrealizável
Justificativa vã dos acomodados
Mas bela atitude de um coração afável.

Os despojados, o Universo acolheria
O amor mandaria em todos os corações
E a realidade seria a UTOPIA.

 

Mena Azevedo

 

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Tributo à minha mãe

Tributo à minha mãe

 

O’ amor distante de minha vida

Com essa sentimental saudade

Verto lágrimas que é o manancial

  Pelo qual procuro matar minha sede

     Para ficar plena desse amor sem igual...

 

Humildemente, ofereço-te minhas preces

Meu ser que vibra num mistério de graças

Que recebeu a grandeza de ser gerada em ti

E ter-te como meu primeiro amor na terra

    Quando nas tuas dores expulsou-me do teu ventre...

 

O’ amor que me alimentou a vida com teu leite

  De valor inigualável e imperecível como o calor do sol

Aquecendo meu corpo logo que vim ao mundo

Mostrando- me a luz que iluminou meus longos dias

   Ainda em tenra idade, deixando minha vida em evolução...

 

 Desprendidamente rendo-te esse tributo de amor

O meu tributo encarnado em singela poesia

Que traz luz aos sentimentos mais mesquinhos

Porque nasceu da mais terna encarnação em ti

  E que se fez verdade nessa simples inspiração do teu amor...

Mena Azevedo

 

 

 

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Horas mortas

Horas mortas

 

Como me esquecer daquele dia

Em que a chuva batia no meu corpo

Cansado e frio, em pleno desolamento?

 

Não. Jamais aquela imagem de mim

Sairia das minhas cansadas retinas

Embaciadas pelas lágrimas que escorrim...

 

Lágrimas sentidas que se misturavam

Com as gotas da chuva nessa hora mística

Em que lavava todas as feridas da alma...

 

Tudo acontecia no silêncio de horas mortas

E na solidão de uma alma que sofria

Naquele turbilhão de água a me envolver...

 

Pensava no amor que fez de mim só dor

Um espectro de gente que não sabia

O que fazer da vida naquela situação...

 

Ali mesmo, com o corpo gelado, permaneci

A chuva me fez repensar a vida, em cada gota

Que batia no meu corpo nu. Era o meu renascer...

 

Mena Azevedo

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Veredas da vida

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                           Veredas da vida                                   

                                      

Somos caminheiros do mundo

E com pés firmes e fortes

Percorremos estradas

Com mãos robustas

Agarramos a nossa sorte

 Mas o espírito nos oprime...

O que há dentro de nós

É uma energia silenciosa

Que ruge quando o espírito

Busca a redenção pela luz

Uma auréola reluzente surge

Em volta da nossa cabeça...

O grito de poeta se faz ouvir

Num infinito amor que transborda

Pelas veredas, em ruidosas ovações

É o orgulho do lado animal do ser

Que brame além dos ruídos humanos

  É preciso contemplação para isso entender...

Nós, caminheiros do mundo, esqueçamos

A dor que aprisiona nosso espírito

Abramos as portas das senzalas fétidas

Onde aprisionamos nossos erros e vícios

 E nos lavemos nas águas puras das nossas

Intenções maiores onde a poesia mora...

Oh! Poesia nossa! Contempla nossa dor

E transforma a ânsia do nosso coração

Em um lago azul onde nadam cisnes

 As águas mansas serão sempre azuis

A clarear nosso pensamento

 Embotado com as manchas do mal...

Mena Azevedo

 

 

 

 

 

 

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Antes que tudo vire pó

Antes que tudo vire pó

 

A vida é tão fugaz, o’ Deus de amor

Que, às vezes, não dá tempo vivê-la

Intensamente com todo o fervor

Fantasiando o sonho, vendo estrela!

 

O tempo é veloz, e tudo é ardente

Seu uso para o bem é tão pequeno

Não quero passar pelo sol poente

Sem sentir o calor de um amor pleno!

 

Antes de o sol tombar no horizonte

Quero rever ações do bem que há

Registradas no livro, com alta fronte!

 

Se errei, se pequei não quero dó

Quero apenas pedir perdão, amar

Antes que tudo morra, vire pó!

 

Mena Azevedo

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Um sopro

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Um Sopro

 

Ao mundo foi preso

Por um simples sopro

Um fio de luz aceso

Que na opaca visão

Vê tudo em dobro...

 

Mente conturbada

Engana o coração

E elege a noite escura

Que faz eclodir da visão

A seta que aponta e dura...

 

De repente, clareia a mente

Ouve-se o canto diluído

Da lira em som dormente

Que evola seu doce ruído

Pela noite adormecida...

 

Seu sentimento secreto

Retém o impulso que tenta

Apagar o amor já desfalecido

E tudo que há de concreto

Pois a mente já não agüenta...

 

Mas nesse mar turbulento

Surge seu lado lírico

Que poetiza o amor com talento

E a sua mente acorda da letargia

E distingue o real do onírico...

 

Mena Azevedo

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Tecendo o amor

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Tecendo o amor...

 

Para tecer o amor

Põe dentro do teu ser

Entusiasmo e calor

Para não desvanecer

O sentimento que brotou.

 

Com as linhas do coração

Vai tecendo com esmero

Carícias, ternura e sorriso

Não deixes de colocar

Como doce e suave tempero

Teus beijos se for preciso.

 

Procura uma agulha

Que seja boa na textura

E com cada fagulha

Do fogo que pouco dura

Acende a chama do amor

Com carinho e paciência

Pra que tenha boa tessitura.

 

Agora, nesse labor

Põe razão e emoção

Componentes que dão cor

Harmonia e precisão

Pois o amor tecido assim

Terá na vida mais sabor

Mais aroma e encanto, enfim.

 

Mena Azevedo

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Versos tristes

Versos tristes

 

É nostálgico meu estado de alma

Que perambula pelas noites

Para encontrar a paz e a calma

E vê muito agitada, somente açoites

Nos corpos frios jogados nas valas...

 

Meus versos tristes em languidez

Quer em um voo raso chegar ao mar

E afogar as decepções de uma vez

Nas águas buliçosas desse meu pensar

Enquanto há tempo para sensatez...

 

Pensamentos e visões tão tristes

Vou entregar às ondas mais altas

E buscar versos jubilosos enquanto existe

Nas entranhas do meu ser o que fora falta

Sonhares diletantes e a indignação que persiste...

Mena Azevedo

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Viagem

Viagem        

 

Em noite tão calma

Meu pensamento viaja

Nos raios prateados da lua

Que adentra meu quarto...

 

Viajo com reflexões difusas

Que procuram no céu distante

Do teu coração lembranças confusas

Para transformá-las em poesia...

 

Inicio viagem etérea

Chego às estrelas longínquas

Desvendo o segredo desses sentimentos

Que une o divino ao humano...

 

Entro em profunda contemplação

Remexo meus sonhos eternos

E me encontro com a realidade

Que faz fluir o amor em mim...

 

Em todos os quadrantes

Da minha existência singular

Busco um mundo plural

Nessa viagem de sonhos e utopias...

 

Meu pensamento está em ti

E ele me leva ao teu coração

Nas asas da minha poesia.

 

Mena Azevedo

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Inteireza

Inteireza do ser

Corpo e alma
É o todo indivisível
Enquanto há vida...
O corpo acaba
A alma invisível
Não é o nada, é o tudo.

Ao bater as asas
Não faz como a urutu
Conserva sua identidade
No seu ninho que é a família...

E isso não é ilusão
Sabe-se que o encanto morrerá
Mas o amor florescerá
Porque é um amor diluído
No presente, no passado e no futuro
De uma eternidade...

A infância, a adolescência
Não duram para sempre
Mas se conservam na velhice
Com folguedos das crianças
No sorriso dos idosos
E a juventude que é é tão frágil
Tem uma durabilidade fugaz...

O tempo passa, o amanhã fenece
E, como folhas de outono, murcham
Deixando a vida mais vazia...
Mas se muito foi construído
Tudo valeu a pena...

Mena Azevedo

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Vida e Dor, Morte e Renascimento

Resultado de imagem para Um corpo à margem de um rio, a alma renasce

Vida e Dor, Morte e Renascimento!

 

Estava só à margem do rio

Ouvi um gemido sofrido

Um gemido plangente que ecoou além da mata

Além da margem do rio que divisava aquelas terras...

 

Era o mundo físico, separado do mundo metafísico.

Bem distante do fulgor que soterra a dor...

Lá estava a criatura inerte e já sem cor

Nas últimas manifestações de vida...

 

E o gemido perdido passou por entre árvores

Atravessou a mata povoada de aves e insetos

E habitou a margem na fronteira

Da dor e do prazer para dias incertos viver...

 

Era um gemido dorido

De dor que machuca o coração e a alma

Que penetra as entranhas, que dói o ouvido

E nas dores mais atrozes busca um sentido...

 

Para onde foi o corpo sofrido

Perdido no gemido

Além da mata, muito além?

 

Vi adiante um corpo esquálido...

Além, muito além da margem do rio.

Um grito ecoava perdido na mata

Sufocado entre as árvores...

 

E a dor que nascia agora

Era a mesma dor que morreu

À beira da margem do rio...

E o grito de morte se juntou ao corpo

E o corpo com o grito sumiu

Na tarde silenciosa que também morria...

 

Nasceu a esperança...

Uma luz brilhou nas campinas...

Além, muito além da margem do rio

Um mundo novo e sem dor surgiu

Um mundo lavado pelas lágrimas de lamento

Que inundaram aquele ser

E o levaram para longe, muito longe

Do infame tormento.

Era o renascer... Isento de sofrimento!

 

Mena Azevedo

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Compasso

Resultado de imagem para Amor forte, suave mas verdadeiro

Compasso

 

O’ amor, a vida

É essa torrente

Plena de desejo

Que busca o infinito...

 

Tem seus compassos

Em movimentos

Algumas vezes leves

Como no toque dos lábios...

 

Ora num ritmo acelerado

Como o coração que vive

O enlace dos corpos

Doce e profundo...

 

É nesse compasso

Que te quero assim

Suave como a brisa

Impetuosa como a onda...

 

Quero-te ardente e serena

Quando cerra os olhos

Para receber o beijo

Prelúdio do amor...

 

E vou buscando o ritmo

Mais certo, mais ondulante

Para chegar à gloria

Ao receber tuas carícias...

 

Mena Azevedo

 

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A vida é uma poesia

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A vida é uma poesia

 

A vida é um rosário de contas em poesia

Quando você, mesmo não sendo poeta

Imprimir em cada labor, a sua estesia

E em cada nascer do sentimento, injetar

Na sua vida o que de belo sua alma dita!

 

A vida é e sempre será o ecoar da poesia

Quando você, mesmo carregando sua cruz

Nos momentos mais sufocantes de melancolia

Não se esquecer de que há o amor que o induz

A buscar a presença de Jesus que o salvará!

 

A vida está e estará sempre envolvida na poesia

Quando você, sofrido e machucado pela dor

Entender que não tardará em chegar o dia

Em que a liberdade surgirá com esplendor

E cantará em você o canto restaurador da vitória!

 

Assim, você navegará no mar calmo da poesia

Que doravante fará de você, homem ou mulher

Um ser em simbiose com a dor e com a alegria

Mantendo acesa a chama da esperança e da fé

Na Boa Nova trazida ao mundo pelo Filho de Maria!

 

Mena Azevedo

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Vida iluminada

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Vida Iluminada

 

Alma iluminada

Presença do Ser

Que é Vida...

Essência do sentir

Que se volta ao presente

Num estado de intensa consciência...

Só ou com alguém

O amor floresce, a luz é forte

De modo a resplandecer

No corpo e na alma

O clarão da serenidade para fortificar

A paz e a ternura por baixo da dor...

Nessa perspectiva, a realidade surge

Para dar vitalidade à forma física

E fazer enxergar além do véu opaco

A luz que transforma o ser...

Nessa transformação etérea

Vislumbra-se a aurora para além

Das fronteiras do simplesmente material.

 

Mena Azevedo

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Eu canto as belezas do amor

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Eu canto as belezas do amor

 

Cantar as belezas do amor

Em toda a sua dimensão

É cantar a vida em esplendor

Ser coerente e ser cristão.

 

Eu canto as belezas do amor

Em cada olhar de uma criança

Em cada desabrochar de uma flor

Que me remete à esperança.

 

Canto o amor no olhar discreto

Do ancião que me estende a mão

E o afago com um sorriso aberto

Isso é trazer amor no coração.

 

Nas desavenças não se vê beleza

Tampouco se vê no abandono

As belezas estão na sua inteireza

E corpo e alma vivem em uníssono.

 

Canto as belezas do amor ao ver

Um samaritano socorrer um judeu

Um pobre repartir o pão e acolher

Outro irmão que tudo perdeu .

 

Enfim, canto as belezas do amor

Que nutre, que afaga e que perdoa

O amor que de quem sofre na dor

Com o coração leve e não magoa.

 

Mena Azevedo

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