Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1710)

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Teu perfume

Teu perfume

O vento trouxe teus passos,
Te procurei, não te vi;
Procurei pelos teus traços
O teu perfume absorvi!

Te chamei sem embaraço
Mas, teus passos, não ouvi.
Não vieste pelo paço
Mesmo assim, eu te segui…

Embrenhei lá pelo monte
Implorei ao deus Orfeu
Ansiando te encontrar…

Adentrei pelo horizonte
Seguindo o perfume teu
Pra minha alma consolar…

Márcia Aparecida Mancebo

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Liberdade

 

Liberdade 
 
Sentindo-me um pombo, quero voar.
A espera do amanhecer me angustia.
Preciso voar para renovar;
A escuridão da noite me judia.
 
Perseguir o meu sonho é meu desejo;
Estão num cativeiro do viver,
E, obter a liberdade é o que ensejo:
Uma nova alvorada conhecer.
 
A vida é uma só, e a noite é longa.
Meus olhos se apagam diante do escuro;
Sem ver o dia, a solidão se alonga, 
E, deste mal que sofro, não me curo.
 
Quero ver o amanhã, isto é intrínseco. 
Há muito tempo habita em minha mente. 
Não quero ter meus olhos, assim, secos;
Preciso aprender chorar novamente.
 
Márcia Aparecida Mancebo 
06/09/24
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Quadro

Quadro

Esta manhã linda com o sol dourado
Já sinto no ar o perfume de flores
Parecendo um belo quadro com cores,
Revejo primaveras do passado.
Com botões de rosas avermelhados
se abrindo em festa trazendo os olores
Daquele tempo lindo, ah, tenra idade!
Emoldurando na mente a saudade
Das lindas manhãs com o sol dourado!

(Márcia Aparecida Mancebo)

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Magia

Magia

Quando o sol desponta em tom amarelo;
O silêncio é quebrado por um canto.
Um canto suave de um pássaro belo;
Que além da beleza, desperta encanto.

Um encanto que abraça a minha memória
Levando-me ao tempo que era criança:
E tudo encantava, até as histórias,
Histórias tão belas, guardei, na lembrança.

Um tempo formoso que me leva à loucura,
E, quando a saudade vem me visitar,
Abraço as lembranças e volto à procura;
Daquela criança que deixei por lá.

A essas alturas, não sei o que pensar,  
Se o canto do pássaro é um suave sinal  
Que a magia do passado pode estar
Na simplicidade do presente, tão real.

Márcia Aparecida Mancebo

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Sol brilhante!

Sol brilhante!

O amor, um tijolinho na existência.
Somente com amor sigo os meus dias.
Ele é fruto da minha convivência
para que eu viva em paz, em harmonia.

Na construção da vida ele transforma
com magia, minha alma e o coração
Sinto ser o amor a única forma
de conseguir a minha evolução.

Amando, não caminho tão sozinha.
Tenho sempre alguém a mim, enlaçado
me estimulando com o seu carinho
nos momentos bons e nos mais nublados.

Com carinho e amor sou lapidada.
Com dedicação vou sempre adiante
para atingir o alvor desta jornada
tendo como parceiro o sol brilhante!

Márcia Aparecida Mancebo
31/08/24

 

 

( Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras grifadas em negrito)

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Janela

Janela

Nesta noite fria de inverno, olhando pela janela, lembrei da juventude. Tempo bom de sonhos e fantasias. Podia ser noite fria que o passeio não era dispensado, bastava um agasalho quente e sob o orvalho da noite era momento de alegria.


E que delícia! Que vivacidade havia nesse tempo! Nada impedia o divertimento preferido.
A Praça da Matriz era o lugar de encontro dos amigos. Uma conversa animada que até esquecíamos do frio.


Era ali que combinávamos aonde iríamos. Se era para o cinema ou para o clube. O clube ficava ao lado da praça. As brincadeiras dançantes eram os bailinhos sob o som da velha vitrola.
Sempre havia uma turminha que ia para o cinema.


E a noite passava gelada, mas o aconchego dos amigos era um aquecimento. Desse tempo tenho belas recordações.


Quando percebo já é tarde da noite e eu aqui relembrando a juventude que longe vai…

Tomo um chá bem quente e me despeço da janela.

Márcia Aparecida Mancebo

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Flores da sabedoria

Flores da sabedoria

O que planejo para minha vivência:
Construir minha estrada sem muita pressa.
Tijolo por tijolo com paciência;
olhando a beleza ao redor a beça!

A cada tijolo haverá um propósito
ornado com flores da sabedoria.
Será perfumado meu imenso depósito.
Pois nele estará estocado a harmonia.

Somente assim, alegro meu coração
quando terminar a estrada revestida:
onde poderei continuar a missão
que propus pregar por toda minha vida.

Pregarei o amor em cada ser vazio;
que não crê que o perdão traz paz para a alma
fazendo que os dias não sejam sombrios
E, sim, claros, qual areia, que na praia se espalma.

Márcia Aparecida Mancebo
01/09/24

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Naquele momento ( Rondel)

Naquele momento

Quando meu coração encontrou o teu;
Fez-me perder o controle dos passos
O teu coração quer ser dono do meu.
Creio, quer fazer de nós, um forte laço.

Minha alma se agita com este entrelaço:
De suspirar a vergonha perdeu.
Quando meu coração encontrou o teu;
Fez-me perder o controle dos passos.

Agora fico a pensar, oh, meu Deus:
— Se te encontrar não sei o que faço.
Ah! O teu coração com o meu mexeu
Naquele momento, na troca do abraço
Quando meu coração encontrou o teu.

Márcia Aparecida Mancebo
29/08/24

 

(Atividade do Grupo Estilos Poéticos. Rondel )

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Teus olhos

Teus olhos 

Olhar-te é luz pra minha trajetória;
És incentivo para o meu viver.
Teus olhos contam a mais bela história.
Por isso te amo, curas, meu sofrer!

Teus olhos, tem magia, oh, meu querer!
Curar-me co'amor toda a memória.
Bondade, graça… vens me oferecer;
Que mais posso dizer-te, se isto é glória?

Glória, ter o teu olhar como remédio!
Sanando o sofrer e todo o tédio 
Levando para longe toda dor…

Se não fosse teus olhos, morreria
Não mais veria raiar o dia…
É uma vitória amar-te com ardor!

Márcia Aparecida Mancebo 
30/08/24

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Contagiante

Contagiante

É essa beleza que me faz ser ávida
E com avidez sigo a minha jornada:
Tentando fazer mais florida esta vida
Com rosas ornando os canteiros da estrada.

E o chão vou cobrindo com folhas do outono;
Afofando a trilha pra logo chegar.
Não quero cansar o corpo que sou dono.
Sequer os meus pés, desejo calejar.

Com chuva ou com sol seguirei adiante:
Como peregrina caminho silente,
Pois esta paisagem é contagiante;
Não posso perder a beleza existente.

Não quero perder esta estampa tão bela
E tudo que vejo guardo na memória.
Um dia planejo fazer uma tela
E pôr como capa num livro de história.

Márcia Aparecida Mancebo
29/08/24

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Eco do passado

Eco do passado

Um pássaro belo nesta manhã fria
Com canto suave pousou na janela;
Quebrando o silêncio que pelo ar, havia:
Sonhos antigos a memória anela.

Pássaro agraciado com suave cantar
Lembrança desperta aquecendo minha alma;
Das noites quentes, das noites de luar
As lembranças belas, somente traz calma.

Choque de emoção em seu canto senti.
Em seu gorjear, um eco do passado
retornando à mente, então percebi:
O que, no presente, tenho revelado.

Lágrimas rolam, é tamanha a emoção.
O anseio de ter asas para voar;
Ser qual o pássaro pela imensidão
Sanar a saudade pra depois voltar.

Márcia Aparecida Mancebo
28/08/24

 

 

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético com as seguintes palavras em negrito.

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Raiar da aurora

Raiar da aurora

No raiar da aurora o céu ainda sonha:
Com as estrelas piscando sobre as rosas;
enquanto a lua despede-se risonha
do seu passeio, sentindo-se formosa.

Neste instante tão belo do amanhecer:
Abraçada a ternura isolo-me quieta.
Os meus sonhos dançam sobre o meu viver:
Com fios de luzes seguem em linha reta.

Esses fios de luzes aquecem a alma
enquanto a manhã rompe no céu azul;
Mostrando suas cores trazendo a calma
com a brisa faceira que vem lá do sul.

É no raiar da aurora que a inspiração
se aloja na mente com infindos versos
E o poeta os guarda com dedicação:
Sentindo-se feliz em seu universo.

Márcia Aparecida Mancebo
17/08/24

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Carinho

Carinho

Ao de ti me aproximar:
Ferve a paixão no meu peito
Que chego a ficar sem jeito;
Sinto que estou a te amar.
De uma forma singular,
Te oferecerei um ninho
E prometo com carinho
Nas manhãs te oferecer
As flores do alvorecer
Só pra não ficar sozinho.

Márcia Aparecida Mancebo
20/08/24

 

 

 

Atividade da oficina de Literatura de Cordel
Repente sobre um tema

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Degredo

Degredo

É dia ainda e a noite me põe medo.
A noite me traz dor, eu me entristeço:
Viver nesta agonia, não mereço.
Quem dera não sofrer este degredo.

Neste exílio escondo o meu segredo;
Se vejo o amanhecer, eu me aborreço:
Sofrer neste silêncio tem um preço;
Fazer o coração qual um rochedo!

É triste ver o dia indo se embora.
E aumenta mais o medo e me apavora:
Que me ajoelho no quarto em oração.

Contar este segredo sem demora:
É ficar só, chorando, de hora em hora;
E ter que conviver co’ a solidão!

Márcia Aparecida Mancebo
( 11/08/24)

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Pouco a pouco

Pouco a pouco

Deste amor que por ti sinto
Nem que eu queira te dizer
Por mais que tente provar
Ao tentar te convencer
Perco tempo e percebendo
Pouco a pouco falecendo
E levando o meu viver.

Márcia Aparecida Mancebo
26/08/24

 

 

 

(Atividade da oficina de Literatura de Cordel. Cordel em septilha.)

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Fios de sonhos

Fios de sonhos

Segredos se entrelaçam na penumbra;
neste instante que o amor rejuvenesce:
tão tênue que o meu ser se deslumbra!
Silenciosamente o amor, só cresce.

E com fios de sonhos da alvorada
Fui costurando todos os meus dias;
este amor chegou com luz prateada
envolvendo o viver com alegria.

E na fragilidade o amor conduz
Para um mundo encantado que seduz;
por um caminho cheio de esperança.

E no oculto mistério da jornada
Que engrandece a minha' alma, ser amada;
selarei com ardor esta aliança!

Márcia Aparecida Mancebo
18/08/24

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Rio da alma

Rio da alma

Dos olhos uma lágrima desce salgada
Chega a boca sinto o seu sabor…
É a mesma lágrima da madrugada;
Do rio da alma sem mais esplendor.

Era airosa essa lágrima cristalina
Não descia frequente qual o pranto.
Não sei se porque eu era menina
E não chorava por nenhum desencanto.

Não havia motivo para chorar
A vida era florida cheia de amor
O amor regia os dias com o amar:
Eu acreditava não existir a dor.

Mas o tempo incumbiu de ensinar:
Que o rio da alma quando há enchente
E quando a alma não aguenta suportar
O rio deságua dos olhos da gente!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tudo passa

Tudo passa

Desponta a noite e a lua vem depressa;
encher meu pensamento com lembranças
de um tempo que viver, não tinha pressa;
Um tempo recheado de esperança.

Na madrugada, a lua, então, começa:
acalentar minha alma inda criança
que soluçando, a lágrima se apressa
co'alma triste, fazer, uma aliança.

Assim decorre a noite lentamente.
E um reboliço abate minha mente.
Cansada de chorar, eu adormeço.

Acordo com o dia na vidraça;
sentindo, que na vida, tudo passa.
E com disposição para o recomeço!

Márcia Aparecida Mancebo

Saiba mais…
CPP