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... aqueles dias...

Este poema é retirado do fundo do Baú.

… aqueles dias…

O vento frio da manhã levou;
a razão da minha imensa euforia
que ao longo dos anos com alegria
acumulei e, sinto, nada restou!

Vejo uma escuridão pelos meus dias:
E uma sombra de saudade voar.
Entristecida, a vida está a escoar
pelo vão dos dedos, sem fantasia.

Fora pra sempre aquela magia
que eu tinha, para comemorar
o final da tarde e, com vinho, brindar
e a noite e adormecer em estesia!

Hoje, isso ficou longe… distante…
Nada mais irá trazer novamente:
A minha face, antes, contente.
Somente a mente lateja constante.

As lembranças, hoje, são fantasias
E as horas das madrugadas vazias;
Trazem à tona a fisionomia:
Do amor que vivemos aqueles dias…

Márcia Aparecida Mancebo

 

A maioria dos poemas que escrevo são inspirados em imagens, em palavras, até em filmes.

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Despedida

Despedida

Há um dia que tudo muda na vida
E não é diferente para ninguém
Também não há quem não fique comovida
Ao sentir no peito a saudade de alguém.

Mesmo a saudade boa traz comoção
Balança o ser por mais forte que ele seja,
pois ninguém tem de pedra o coração
Para aceitar no instante o que não deseja.

É um susto imenso, não há como negar,
pois, ninguém nasceu com coração vazio
Todo o ser humano é propenso a amar
A despedida é um momento sombrio.

No dia que tudo muda de repente
E fica-se defronte com a solidão
Uma dor corrói a alma lentamente,
lágrimas rolam quentes, qual ribeirão.

Márcia Aparecida Mancebo

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Glosas. Alma navegante e Hoje

Glosa

Mote:
Regando as flores com força tamanha;
Sou um riacho dos tempos juvenis!

Alma navegante

Hoje acordei contente com o dia.
Como se a vida me presenteasse
trazendo inspiração pra que eu traçasse
versos, que retratam minha alegria.
Então, navego pela fantasia:
Ouvindo o que a minha alma, baixo, diz:
Nessas águas tranquilas, sou aprendiz.
Sou um riacho que desce da montanha;
Regando as flores com força tamanha;
Sou um riacho dos tempos juvenis!

Márcia Aparecida Mancebo
14/06/25

( Agora invertendo. Outro motel e outro título.)

Mote:
Como se a vida me presenteasse;
Hoje acordei contente com o dia!

Hoje

Sou um riacho dos tempos juvenis
regando as flores com força tamanha;
Sou um riacho que desce da montanha
Nessas águas tranquilas,sou aprendiz:
ouvindo o que minha alma, baixo, diz,
Então navego pela fantasia;
versos que retratam minha alegria,
trazendo inspiração para que eu traçasse
Como se a vida me presenteasse;
Hoje acordei contente com o dia!

Márcia Aparecida Mancebo
14/06/25

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Cinza que foge

Sou uma mulher que, na vida, caminha.
Caminho só, como fazem as horas.
Sou a cinza que foge e não se aninha,
Sou somente um pó, ontem e agora!

Sou o passado vivo na lembrança,
Que estampa as dores num semblante triste
Por perder a fé e a bela esperança.
Sou uma melodia… a entoar persiste.

Sou aquela que, em silêncio, aguenta.
Sem questionamento, todo o sofrer.
Somente segue a vida, não lamenta.
Já perdeu tudo que tinha a perder.

Nas batalhas, só perdas, sem vitórias.
Não tenho mais forças para lutar,
Sou um alpendre quebrado sem história.
Vi o meu sonho naufragar no mar.

Márcia Aparecida Mancebo
12/06/25

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Pétalas perfumadas

 

Pétalas perfumadas 

Quando os pensamentos vêm para a mente
Meus olhos lacrimejam, de saudade.
A memória navega lentamente,
Misto de alegria e euforia invade.

Eu era feliz e acreditava em magia.
Dores, não conhecia. Só o amor.
O amor era fogo ardente na fantasia
que encontraria braços com calor.

A manhã com pássaros me acordaria
Envolta por pétalas perfumadas
E toda noite estrelada seria
sem sentir solidão, na madrugada.

Mas, o tempo mostrou a realidade
nua e crua, sem ter o perdão.
Mudança brusca mostrou a verdade
e a alma cansada esquece a ilusão.

Os dias, mesmo nublados, tornam-se normais.
A rotina não dá vazão ao pensar.
Sem querer, acostuma-se com os ais.
A velhice chega sem esperar.

Quando se percebe, tudo passou.
Os percalços não incomodam mais.
Acostuma-se com o que mudou.
A mente esquece até dos vendavais…

Márcia Aparecida Mancebo

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Almas aladas

Almas aladas

Teu gesto brando guia-me pela estrada.
E, de mãos dadas, seguimos a sonhar.
Nos dias tristes és minha alvorada,
Nos claros dias, brisa sobre o mar!

Teus braços fortes, o meu acalanto.
O teu afeto me faz renascer…
Nos teus olhos encontro tanto encanto,
É um mundo onde quero me perder.

És a razão da paz que em mim habita
e a canção, que pulsa em meu coração.
Permita que eu diga na minha escrita;
Que és o amor, ternura e devoção.

Almas aladas num mesmo segmento;
Que alimenta toda nossa trajetória.
Doce querer que trago no momento.
Ao recordar a nossa bela história!

Márcia Aparecida Mancebo
12/06/25

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Entre o devaneio e a esperança

Entre o devaneio e a esperança

A vida, um turbilhão de buscas e anseios,
Me apego piamente à e me entrego
A um voo, um profundo devaneio,
Para esquecer agruras, eu não nego!

No devaneio, encontro a segurança,
O esteio, o rumo para caminhar;
Sem temer mal algum, tenho esperança,
Pois a vida está pronta a me ensinar.

Que o sofrimento irá embora,
E as manhãs serão, outra vez, tão belas;
E as noites, tão claras como outrora,
Como um quadro bordado, uma tela.

Que neste devaneio habita a cura,
E nesta cura está a felicidade
Que meu ser ansioso anda à procura,
Mas encobre os olhos pra realidade.

Márcia Aparecida Mancebo
31/05/25

 

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito 

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Dias dourados

Dias Dourados

Belos dias com nuances dourados,
Vivi a juventude com alegria.
A dor para mim, mundo ignorado.
Assim acalentei a fantasia.

Aprendera que há regras pra viver.
O que me disseram, acreditei.
Conheci o amor, o bem-querer…
Não existe maldade; isso pensei.

De repente a vida dá uma volta.
Tudo que aprendi parecia errado.
A princípio, uma grande revolta;
Decepção, o mundo não era encantado.

Parei para meditar e reaprender,
As regras que mudaram meu mundo;
não eram as mesmas, ah, que fazer?
A não ser sentir o amor tão profundo.

Hoje, aceito a vida como ela é.
Com altos e baixos, sigo a trilhar.
Consegui encontrar alegria e fé,
Com dias dourados, sigo a sonhar.

Márcia Aparecida Mancebo

 

                           

 

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Gesto de amor

Gesto de amor

Disseste-me com olhos tão brilhantes:
Voltei porque não sei viver sem ti.
Peço-te que se esqueça dos instantes
Em que saí daqui, eu me perdi!

Te conheci tão forte em decisão.
Ao ouvir o teu apelo tão sincero,
Te olhei, senti ternura e paixão.
Não pensei sentir, ah, como te quero!

Deixei que disseste da tua vida,
Sorrindo te ouvi, pude compreender.
Chegaste e eu, surpresa e comovida,
Estava pronta para te receber.

Naquele instante veio à minha mente:
A solução agora estava em mim,
E num gesto de amor tão envolvente,
Minha alma me intuiu a dizer sim!

Márcia Aparecida Mancebo
10/12/24

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Sina ( Glosa)

Sina

Mote:

Ameniza o chão para caminhada
Pra que possa, minha sina, entender.

Hoje o mundo pareceu desabar
E a tristeza impediu o meu sorrir
Veio a lágrima, não consegui fingir.
Preciso ir em frente, caminhar.
Toda dor e tristeza irá passar.
Pois a fé me dá força pra viver,
Abre a mente para a luz do saber.
Essa luz ilumina minha estrada
Ameniza o chão para caminhada
Pra que possa, minha sina, entender.

Márcia Aparecida Mancebo
10/06/25

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Palavras vestidas

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Imagem by Margarida Maria Madruga 

 

Palavras vestidas 

Esta sensação boa de acalento,
Que clareia as manhãs do meu viver,
Trazendo palavras ao pensamento,
Chegando vestidas à luz do saber.
É mais que um acalento, é poesia.
Poesia pura e não é utopia!

Estas palavras que chegam vestidas.
Trazendo poesia à escuridão
Iluminada virtude que na vida
é fundamental para a inspiração.
Por isso escrevo poesia de amor,
Brindando o amanhecer ao Criador!

Márcia Aparecida Mancebo 
10/06/25

Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito.

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Voo ao Esplendor

Voo ao Esplendor

Somente satisfeita com o viver,
Posso solfejar os dias com alegria,
Incutindo o íntimo a entender
Que o amor verdadeiro não é fantasia.

O amor verdadeiro é um bem conquistado,
Traz serenidade à alma em aflição;
É um antigo anseio que, ao ser realizado,
Preenche a lacuna que há no coração.

Coração repleto de alegria sonha,
E nele floresce a felicidade,
Trazendo a esperança, tão doce e tamanha.
A motivação é a luz da verdade.

A vida revigora, ganhando um tom
Que entoa canção, dizendo que só o amor,
O amor verdadeiro, tem a vocação
Voar à imensidão, até o esplendor.

Márcia Aparecida Mancebo
05/06/25

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Magia do riacho

Magia do Riacho

As águas do riacho cristalino
correm cantando uma bela canção,
com som de harpa, de um coração menino.
Ah, riacho, teu cantar traz emoção!

Esse riacho segue o seu caminho,
regando as flores da beira da estrada,
trazendo alento a quem segue sozinho,
com seu cajado ao findar a jornada.

Em noite de luar, esse riacho
recebe da lua reflexos dourados,
para emitir vibrações, eu acho,
aos corações que estão dilacerados.

Essas águas cristalinas têm magia,
me trazem sentimento de infinito amor.
É nesse instante que teço poesia,
em silêncio profundo ao Criador.

Márcia Aparecida Mancebo
,05/06/25

 

Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito 

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O tempo e as vozes trazem saudades!

O tempo e as vozes trazem saudades!

Nesta manhã nublada e fria de outono;
Abro a vidraça do tempo e vem à mente,
O som das vozes que ouvia pelas ruas:
Umas em tom baixo, outras estridentes!

Nesta manhã de outono, fria e nublada,
O tempo vem à mente pela vidraça,
Adentra e me faz companhia na sala.
Volto ao som das vozes… olhos embaçam!

Nesta manhã de outono, nublada e fria,
Recordar o tempo passado é um presente,
Trazendo as vozes ouvidas nas manhãs.
É dádiva recordar conscientemente!

Neste outono, na fria e nublada manhã,
O tempo trouxe lágrimas de saudade
Ao ouvir as vozes que, hoje, se calaram.
Entendi como vai longe a mocidade!

Márcia Aparecida Mancebo
08/06/25

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Sons ausentes

Sons ausentes

Com o coração em exílio, me angustio.
Num perpétuo silêncio, voo nas sombras.
Me afasto, me tranco, sem nada ouvir.
Emudeceram as vozes... Morreu a alegria.

Na face, escorrem lágrimas de saudade:
Do barulho, das emoções sentidas
em conversas, da fala apropriada
no momento certo, quando tudo desespera.

É um puro naufrágio da esperança,
sem alternativas cabíveis.
Este sentimento desesperançoso desgasta,
corrói, sufocando a minha alma.

São horas que ferem nas linhas da escuridão.
Hoje vejo como é importante o barulho,
para não sentir saudade sem eco...
Como um navio perdido, sem porto.

Márcia Aparecida Mancebo
24/05/25

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Eterno enlace

Eterno enlace

Se a solidão em seu peito aportar;
Qual o navio que perdeu  seu lume,
Não esqueça que estou a te esperar;
Te amar, te amar tornou-se o meu costume.

Por ventura, a vergonha aproximar,
Rememore, há um enlace que nos une.
Ninguém conseguirá nos separar,
Pois sou na sua vida o seu perfume.

Nesse frasco ninguém porá a mão.
É um juramento que fiz pra mim mesmo;
Te seguir pela vida é meu bordão.

Embora esteja tão longe e perdido;
Tenho algo a lhe pedir: não siga a esmo;
Pois sem você sou um sonho desvalido.

Márcia Aparecida Mancebo

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Inesquecível

Inesquecível

Pela janela vejo a chuva respingar
Vem para mente a última palavra dita
Naquele instante, aos poucos, vi a ilusão vagar
A angústia qual fel trouxe uma dor maldita.

O adeus com o silêncio na despedida.
O luto fez morada no meu coração
As horas passaram lentas... descoloridas
deixando rastro de uma cruel solidão.

Os anos passam, não cai a mesma garoa.
As estações mudam, mas o vento inda entoa
Aquela frase, a última, de imensa dor.

O adeus tornara–se uma infinita saudade
Os dias marcaram tristeza e a realidade;
A memória nunca esquece o grande amor.

Márcia Aparecida Mancebo
2017

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Impossível, amor!

Esse amor impossível que sonho.
Vive em minha alma, está eternizado.
Enquanto eu viver, ele será risonho,
Mesmo que não seja realizado.

É desse amor que brotam os meus versos;
Que trazem luz para os meus dias escuros.
Levando-me a desbravar universos…
Em suas entranhas, adentro, me curo!

Nem a morte dará fim a esse amor.
Nada neste mundo me faz esquecer,
Pois me leva a sentir o esplendor;
Atingindo a essência do meu ser!

Te amo e, no fundo do meu coração
O guardo, como um tesouro precioso
Para acalentar essa doce ilusão,
Brilhando em mim, puro e vigoroso.

Márcia Aparecida Mancebo
05/06/25

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Não envelheço, floresço!

Não envelheço, floresço!

Mais um ano de vida, um presente divino!
Estou no auge da mocidade vencida.
Ainda sorrio com olhos cristalinos
enfrentando os problemas, ah, sou aguerrida.

Não envelheço, acrescento sabedoria.
Aprendo cada dia mais como viver.
Não me entrego tão fácil… tenho companhia.
A poesia, hoje, tem sido o meu entreter!

Esta fase dos “enta” às vezes complica.
Só tenho a agradecer pelo meu pensamento:
Da mesma forma que complica, descomplica;
Não sou rabugenta, vivo a cada momento.

A fé que me norteia e me leva adiante.
Me abraça, docemente, envolvendo meu ser.
Então, envelhecer assim é confiante.
É ter Deus ao meu lado a cada amanhecer!

Márcia Aparecida Mancebo
05/06/25

Saiba mais…
CPP