Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1710)

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Instante

Instante

A solidão da noite não me assusta.
Gosto de estar sozinha para pensar,
É nesse momento que a mente degusta
De lembranças boas para recordar.

É na solitude que o tempo volta.
Lembro a mocidade e me sinto bem
Dá para perceber as reviravoltas.
Abraço a saudade, faço- me refém.

Nessa amplitude de recordações
Sinto alegria pelo que vivi
Parece um filme repleto de emoções;
Volto para lugares que conheci!

Com a robustez dos meus pensamentos
Atravesso a madrugada, vejo o dia
O dia nascendo belo, sem tormento
É neste instante que escrevo a poesia.

Marcia Aparecida Mancebo
25/04/25

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético.Palavras deixadas estão em negrito 

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Soneto da solidão. ( Reeditado)

Soneto da Solidão

Sabendo que a vida é uma partida
Frações pequeninas co' o tempo se vai
E quando se sente tão só sem guarida,
Tamanha ironia, meu ser se retrai!

Eu volto outra vez para o tempo que esvai
Co' o olhar tão tristonho a chorar comovida
Tentando chegar onde o sol longe cai
Sentindo ferver toda chama dormida.

E o vento trazendo de volta os pedaços
Te vejo seguir acenando teus braços
E as curvas da estrada são vistas com ais.

Paisagens tão belas, verei nunca mais
Sou barco no mar... Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto.

 

Márcia Aparecida Mancebo 

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Luz dos sonhos

Luz dos sonhos

Há esperança em cada amanhecer,
Brilhando em cada face, em cada olhar,
Que o futuro será um florescer
De novos sonhos, que irão abrolhar.

Trago na alma a lareira do querer,
Com a chaminé acesa pra sonhar;
Ardente chama que faz-me viver,
Seguindo a trilha neste caminhar.

Meus sonhos retratam a vida em versos,
Trazendo renovação ao universo,
Onde a alma encontra sua redenção.

Surge do novo dia a inspiração,
Intuindo que o sonho seja o tema,
Com centelha luzente dum poema.

Márcia Aparecida Mancebo
14/12/24

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Desigual

Te m a:

"Me livrei da modéstia e algumas vaidades,
Coleciono sarcasmos e excentricidades..."
Diego Tomasco

Desigual

Depois de tantos desencontros na vida
Percebi que andar na linha é bobagem
Mudei meu modo de ser, sou atrevida
Hoje sou forte, mulher de coragem.

Já não tenho modéstia, sou arrogante
Consegui ser excêntrica e sarcástica
Mudei para seguir...ir adiante
Foi uma mudança lenta, mas bombástica.

Livre me tornei do convencional
Para me adaptar neste mundo
Onde ser diferente é fenomenal,
Se for modesta e real eu me afundo.

Perfeito é ser desigual, aprendi.
Pra sobreviver é melhor assim,
Toda originalidade eu perdi,
Foi o mundo que impôs isto pra mim.

Márcia Aparecida Mancebo
10/11/24

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A dádiva de viver

A dádiva de viver

Ao olhar pela janela dos meus anos,
há reflexos de luzes já sem brilho,
me mostrando que não há mais desenganos,
que os deixei abandonados sobre os trilhos.

O que há é uma esperança que seduz,
que me leva a querer não desistir,
qual estrela que tão bela reluz,
indicando a beldade do existir.

Esses anos vividos me ensinaram
a beleza existente em cada dia,
que os fatos do passado não marcaram,
somente aumentaram a sabedoria.

E que viver é dádiva, é um presente,
ofertado a quem tem garra a seguir,
com a mente voltada simplesmente
a quem ama e ama muito sem fingir.

Márcia Aparecida Mancebo
22/04/25

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Ato sagrado

Ato sagrado 

Para me sentir forte e bem sucedida
entrego-me ao amor com satisfação
procurando sentir emoção na vida 
sigo aquecendo a chama da paixão.

Desde o momento que disse sim ao amor 
selei um ato que a mim é sagrado:
Viver cada instante dando valor
ao sentimento que me foi outorgado.

É este sentir que me leva a entender:
que a lida é clara, repleta de luz
e que é o amor que dá rumo ao viver.
É essa claridade que me seduz!

Este compromisso com o coração 
mostra-me a estrada que sigo há flores
 aquecendo o sentimento da ilusão
para eu esquecer que nos dias há dores.

Márcia Aparecida Mancebo 
21 de abril 25

 

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Maior bem

Maior bem. 

O céu acinzentado neste dia 
retrata o coração que está tristonho.
Pois, ao calar-se aquela melodia;
rememorar aquela Cruz, disponho!

Os pássaros emudeceram em reverência.
As minhas mãos se juntam em gratidão 
Olhando para longe, a consciência 
ordena-me que fique em oração.

No céu acinzentado, vejo a luz
mostrando quanto amor é importante,
pois ao morrer na Cruz, meu Bom Jesus,
salvou a humanidade, os semelhantes.

Quanto amor existe em Ti, Pai Amado;
sem nada a pedir em troca a ninguém;
tirou dos corações todos os pecados,
pregou que o perdão é o maior bem!

Márcia Aparecida Mancebo. 
19/04/25

 

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Jornada pessoal

Jornada pessoal

A vida me mostra diversos caminhos.
Alguns tenho que seguir mesmo sem setas.
É um desafio a quem segue sozinho,
E uma alma de sonhos repleta!

Que fazer se é meu fardo, na verdade,
Caminhar só, sem ter ninguém ao lado?
Entendo da vida as peculiaridades,
Aprendi trilhar desacompanhado.

Os caminhos que a vida tem me mostrado
Mesmo sem setas, tenho confiança.
É uma bela lição, tenho notado,
Deu-me humildade e coração de criança.

Com coração de criança, tenho paz,
Não maldigo a vida em nenhum momento.
Aprendi a fazer o que me satisfaz,
Sigo caminhando sem nenhum lamento.

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

Atividade do Grupo Desafio Poético com as palavras em negrito

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Solidão

Solidão

No quarto, o abajur ainda aceso,
E na face uma lágrima a rolar.
Na mente, a lembrança tem grande peso
Daquele tempo que não vai voltar!

Em minha alma, um tristonho suspirar,
O coração já não pulsa tão forte.
Por um caminho longo, irei trilhar,
É o meu destino viver sem ter sorte.

O fim da minha estrada, conheço décor,
Desde que te conheci, foi assim.
Nunca reclamei, seria pior.
Nunca soube o que quiseste de mim.

Eu conheço bem esta agonia,
E sinto a lágrima descer salgada.
Nesta madrugada fria e vazia,
Com a solidão, estou acompanhada!

Márcia Aparecida Mancebo

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Amar é florescer

Amar é florescer

Pois o amor é fruto da essência que é luz
E traz ao olhos brilho e imenso encanto
Fazendo a alma sentir calor que seduz
Transformando em riso qualquer pranto.

O sentimento de amor faz descobrir
Que em cada gesto há uma melodia
E que amar é florescer e se expandir
Vivendo a felicidade a cada dia.

O olhar que tem encanto e doce ternura
Há promessa que o tempo não desfaz
Esse sentimento que emana candura
Que faz o coração pulsar em paz!

Se amar é viver então, viverei
Cada minuto com plenitude e cor
E na alegria a voz exaltarei
Sentindo- me feliz, vivenciando o amor!

Márcia Aparecida Mancebo

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Natal

Natal

No brilho do Natal abra o coração
À entrada de Jesus por ser seu dia.
No peito, um toque suave de emoção
Renasce na alma a chama da alegria.

A casa enfeitada, um clima de oração.
Quem espera Jesus tem serenidade.
Cada gesto é um símbolo de união,
Momento solene, perdão e humildade.

No Natal há sempre um improviso;
Os abraços aquecem com sinceridade.
E a esperança nasce de um sorriso,
Transformando momentos em felicidade.

Celebrar o Natal à espera de Jesus,
Recordando seu nascimento em Belém.
Olhar para o céu onde a estrela reluz
E sentir no coração o amor que vem.

Márcia Aparecida Mancebo

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Amor eternizado

Amor eternizado

Aqui da sacada olhando a noite,
Estrelas brilhantes fazem pernoite.
Luzes acesas refletem na rua,
A minha paixão para com a lua
A mente vai longe lembrança buscar,
E é nesta noite que fico a pensar
Que o tempo passou e hoje é saudade
Dos anos dourados da mocidade.
Neste lembrar revejo tua imagem,
Tua voz tremida sem ter coragem.
Nós dois juntinhos olhando o luar,
Eu juro, esperava dizer me amar!
Eu ainda tão jovem esperando a fala,
E uma estrela cadente no chão resvala.
Num ímpeto tomaste minhas mãos,
Quem por ti falou foi teu coração.
E assim, na memória, a noite vive.
Com estrelas e luzes, sobrevive
O amor que nasceu sob o céu estrelado,
Ficou eternizado, jamais apagado.

Márcia Aparecida Mancebo

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Memórias e emoções

Memórias e emoções

Olho para o opaco espelho embaçado,
percebo que o tempo passou depressa,
levando alguns pedaços do passado,
fazendo reviravoltas às pressas.

Tudo que conservei como sagrado,
sinto que fora levado à fornalha,
esgarçando minha alma ao ver queimado,
como se fosse nada, apenas tralha.

Diante do espelho, vendo as ruínas,
a lembrança em paralelo à saudade,
vejo estampado, no opaco, a menina
que acreditava na felicidade.

E agora, com o peito sufocado,
sem mais aguentar a pungente dor,
dos olhos caem líquidos salgados,
borrando a história que um dia teve cor.

Márcia Aparecida Mancebo
08/12/24

 

Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito 

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Renovação

Renovação

Quando a chuva passar, será diferente,
A flor será chamarisco ao beija-flor.
O sol reinará maravilhosamente,
As manhãs voltarão em esplendor!

Ouvirei feliz o pássaro cantor,
O chão secará... não haverá enchente.
Quando a chuva passar, será diferente,
A flor será chamarisco ao beija-flor.

As tardes ensolaradas e quentes,
Na primavera voltarão a ter cor.
Florescerão as plantadas sementes,
O poeta escreverá sobre o amor.
Quando a chuva passar, será diferente!

Márcia Aparecida Mancebo

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Veredas

Veredas

Mesmo que encontre caminhos estreitos,
Nesta estrada da vida seguirei,
Com a esperança encravada no peito,
Que em algum lugar belo chegarei.

Com a mente serena e sempre avante,
Sem levar bagagem pra não pesar,
Caminho com pressa, quero ver adiante
A tarde morrer e a noite adentrar.

E quando de escuro cobrir-se o céu,
Manterei com fé uma chama acesa.
Nas estrelas verei um facho de véu,
Para guiar meus passos com firmeza.

Mesmo quando o vento soprar gelado
E interrogações surgirem por temor,
Terei confiança que a cada passo dado
Me levará ao horizonte onde há cor.

Márcia Aparecida Mancebo

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Gesto de amor

Gesto de amor

Disseste-me com olhos tão brilhantes:
Voltei porque não sei viver sem ti.
Peço-te que se esqueça dos instantes
Em que saí daqui, eu me perdi!

Te conheci tão forte em decisão.
Ao ouvir o teu apelo tão sincero,
Te olhei, senti ternura e paixão.
Não pensei sentir, ah, como te quero!

Deixei que disseste da tua vida,
Sorrindo te ouvi, pude compreender.
Chegaste e eu, surpresa e comovida,
Estava pronta para te receber.

Naquele instante veio à minha mente:
A solução agora estava em mim,
E num gesto de amor tão envolvente,
Minha alma me intuiu a dizer sim!

Márcia Aparecida Mancebo

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Silêncio quieto

Silêncio quieto

Pela janela da alma
Vejo a vida passar
Sinto - me qual inseto
Voando sobre as flores
Uma a uma com calma
Desejando sugar
... Silêncio quieto
A doçura com cores.

Vejo a vida passar
Abominando o fel
Ansiando viver
Procurando a beleza
Existente no amar
Que é doce qual o mel
E abranda todo ser
Levando a vil tristeza.

Sinto-me qual inseto
Às vezes sem destino
Num jardim tão florido
Indecisa sem rumo
Me escondo qual um feto
Nesse tempo menino
Às vezes dolorido
Onde não encontro prumo.

Voando sobre as flores
Sinto um aroma bom,
Olhando o azul do céu,
Nuvens a passear
Esqueço minhas dores
Sentindo uma emoção
Canto sem escarcéu
As canções de ninar.

Uma a uma com calma
Que aprendi tão criança
Que trago para os dias
Ao sentir - me abatida
Quando a dor invade a alma
E não perca a esperança
Relembro as melodias
Que embalei pela vida.

Desejando sugar
Tudo que me fez bem,
Só tenho a agradecer
O que a lida ensinou
O que aprendi doar.
Todo afeto também
Recebido ao viver
A ser o que hoje sou.

...Silêncio quieto
As rosas em botão
Que ao abrolhar são tão belas
Pinturas parecendo
Pássaros inquietos
Enfeitam a estação
Qual molduras e telas
O mundo enaltecendo

A doçura com cores
Deste céu todo azul
Com estrelas brilhantes
Flâmula que estremece
Ao longe com ardores
Com o vento do sul
Melodias toantes
No horizonte são preces!

Márcia Aparecida Mancebo

 

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Rumo ao brilho

Rumo ao brilho

Me levará ao horizonte onde há cor,
Esse lume que as estrelas irradiam,
Induzindo que siga sem temor,
Pois adiante sentirei alegria.

Em direção à luz verei certamente
Um mundo novo, belo e radiante.
É lá que as estrelas tremeluzentes
Abastecem-se de brilho cintilante.

Creio piamente que neste lugar,
Neste mundo novo existe um trem
Que leva à felicidade e, ao apitar,
Está sempre chamando mais alguém.

Pois nesse trem há sempre lugares vazios.
Seu destino é repleto de incertezas.
Então, quem tem pensamentos doentios
Jamais descobrirá da vida a beleza.

Márcia Aparecida Mancebo

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Circo da vida

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Circo da vida

Ao abrir as portas do palco, o palhaço
se apresenta com maquiagem borrada.
É aplaudido como se fosse abraço.
Seu rosto à plateia ganha risadas.

Rosto borrado, lágrimas a cair.
Que graça sem graça pensa o palhaço!
É seu trabalho fazer o povo rir.
Nesta hora, tem que ter o coração de aço!

Palmas, mais palmas ... E o palhaço chora.
Chora, soluçando, escondendo a dor.
Ali representa, enquanto o amor vai embora;
E a vida o encobre de dissabor.

No circo da vida não é diferente.
Lágrimas caem como água em corrente.
Muitos aplaudem a lágrima da gente
Como se fosse um sorriso transparente.

Márcia Aparecida Mancebo

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Um brinde à tua volta

Um brinde à tua volta.

Voltaste pra sanar a solidão
dos dias tristes sem o teu carinho.
A flor de outrora abrolhou a paixão
que pendia sem vida, em meu caminho!

Ouço outra vez trinar o passarinho
que perdera a voz no último verão
e, trancou-se infeliz dentro do ninho
sem nunca mais cantar uma canção!

Voltaste e eu dou-te logo este poema
humilde a repetir o mesmo tema
do fundo da minha alma envelhecida.

Hoje, anseio brindar a tua volta
com alegria e sem qualquer revolta;
Pois voltaste, amor, para minha vida!

Márcia Aparecida Mancebo

Saiba mais…
CPP