Meu dia acordou com tanta incerteza
Que fez a hora ficar neutra e opaca.
Pensamento oscilando sem certeza
Senti meu SER deitado em uma maca.
As mãos acenam trêmulas o adeus
Olhos secos, ardem, na despedida.
Em silêncio o coração clama a Deus;
forças, para continuar a vida.
Clarões adentram meu quarto isolado.
Engodo nesse momento querer
que o coração se liberte. Está atado
com forte nó na angústia e no sofrer.
Esse instante há de desaparecer
naturalmente. O único remédio
que faça esse mal não se estender
é a oração, que amenizará esse tédio.
Márcia A. Mancebo
(05/10/19)