Posts de Angélica (593)

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Quarto vazio

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Quarto vazio

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Ao chegar em casa, o silêncio impera, massacra.

O olhar vaga pelos cômodos vazios, móveis frios.

Tua presença já não mais me espreita, nem espera.

Tudo é escuro, triste, cinzento, sinto calafrios.

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Lembranças intensas a invadir minha mente,

Como um filme a passar em telas brancas.

Momentos únicos de um amor mui ardente

Que num dia mágico acenou com esperanças.

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Agora, só resta o triste lamento, triste pesar

De um amor que se foi, nunca há de voltar.

Dor que não dilui, nocauteia, eterno sofrimento.

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E aqui eis-me a vigiar o tempo, a esperar

O momento certo para te encontrar e te amar.

No fim da madrugada, fria e silenciosa, te procuro.

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M.A.Oliver

Desafio Edith – Soneto sobre tema:

“ No fim da madrugada te procuro”

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Orações por María Rosa Parra - Rosita

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Buenas noches a todos, en nombre de la familia de Maria Rosa Parra, soy Bruno Charles Cuello Parra, desde el Facebook de mi esposa.

Les pedimos a cada uno con su fe que la conocen desde la redes, con su fe que hagan oraciones para la recuperación de la salud de ella.
A todos lo que la conocen y conocen su trayectoria y dedicación en estos años en la literatura.
Les estaremos informando como evoluciona.
Muchas gracias !!!
Buenas noches!!!

Venho pedir orações por nossa querida Rosita , Maria Rosa Parra, que de acordo com seu filho Cláudio, sofreu um AVC e está em estado grave no CTI.

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O coração que carrega

 Um coração de criança. – Pastor Elvis Côrtes

Imagem: Google Imagens

O coração que carrega

 

Eis que vejo um coração que carrega os sonhos

 de um amor belo e infinito sonhar,

de dias de sol para lhe aquecer a alma fria,

de brincadeiras puras dos tempos de criança.

 

Eis que vejo um coração que carrega a esperança

de que a vida não lhe seja ingrata madrasta,

de ver o sorriso de seus filhos à brincar,

de um mundo em que as diferenças não existam.

 

Eis que vejo um coração que carrega um desejo

de que seu destino seja bem menos trágico que os dos pais,

do clamor por justiça pelos filhos assassinados vilmente,

sem lágrimas de dor pelo ente que partiu prematuramente.

 

Eis que vejo um coração que carrega a ilusão

de que as guerras não mais existirão,

de que a fome será erradicada e as crianças salvas da morte,

de que o amor ainda prevaleça e que a humanidade reviva

e que seja mais humana e solidária com o sofrimento alheio.

 

Eis que vejo a pureza de uma criança à carregar um coração

que há muito tempo cansado está das batalhas duras

dos dias frios e violentos, das inversões de valores

e que somente quer seguir seu ritmo... compassadamente!!!

 

M.A.Oliver

Tema Poesia: "O coração que carrega"

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Intempéries (Crônica)

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Intempéries
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A vida é mesmo cheia de surpresas, de idas e vindas, desvios e mãos duplas.
Estou cá a fazer uma análise, percebo nuances nunca antes notadas, despercebidas.
Vivemos tanto no automático que pequenos detalhes passam em branco, ou talvez até notamos, mas não damos importância. Só percebemos que é importante quando a realidade nos é atirada na cara, sem dourar a pílula.
Primeiro vem a incredulidade, um estado de estupor onde tentamos digerir e entender o que acontece.
Passado alguns dias, ainda digerindo esta realidade, tentamos encontrar a ponta solta, o fio da meada, onde foi que perdemos o detalhe que culminou na construção da “bomba”.
Tarefa difícil, pois muitas das vezes é preciso retroceder anos e nem sempre a busca se mostra produtiva.
Nesse interim é preciso agir, sair do estupor e por a mão na massa para, assim, tentar diminuir um pouco que seja o estrago feito.
Também não é fácil e nem sempre dá certa a estratégia utilizada e lá vamos nós começar do zero. Nova estratégia na manga, tentativas e erros, tentativas e acertos.
É preciso redefinir prioridades. Desapegar de bagagem inútil. Adquirir roupagem nova: amor, determinação, cumplicidade, essas coisas que nos ajudam a seguir em frente.
Nova luta! Nova batalha! Novos inimigos!
Aos poucos a ficha vai caindo e vamos conhecendo novos anjos guerreiros que nos ajudam a entender, a tentar achar uma explicação (quase nem sempre há), que caminham juntos e nos levantam e acolhem quando o desespero bate e o desânimo domina.
Muitos tropeços, mas não podemos nos dar ao luxo de cair, chorar ou desistir, por que se isso acontece quem perece é quem amamos, que conta com nossa força, mesmo que pequenina, para caminhar.
É uma responsabilidade muito grande ser coluna de uma construção.
Podemos balançar mas não devemos cair, nunca.
 
M.A.Oliver In Lig@ dos 7 ( https://www.facebook.com/ligadossete )

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Ecos do deserto

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Imagem: https://www.imagui.com/a/imagenes-de-mujeres-tristes-llorando-cBXrkkgja

Ecos do deserto

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O silêncio pungente sufoca os sentidos

atordoados pela ausência do filho amado

que foi ceifado em plena flor da idade.

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A alma arrebentada pela dor dilacerante.

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A agonia, a perplexidade a deixam incapaz de reagir.

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Lágrimas tentam em vão romper a barreira do desespero,

mas um deserto de sentimentos se manifesta, ecoa

na gota de água que evapora antes que molhe a face sedenta.

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Maria Angélica de Oliveira

Tema Poesia: "Na gota de água que evapora"

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Distante

 

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Distante

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A dor da distância se faz presente.

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Todo meu ser é envolto pela bruma fúnebre.

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Segue incólume a noite fria

Que envolve meus pesares

E deixa minha alma vazia.

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Sem alcance, o amor devaneia

E esvai-se por entre caminhos ermos

Junto à solidão que sufoca os pensamentos.

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M.A.Oliver

Mote: " Quando a mão não alcança
Você sente a dor da distância
Sem poder alcançar. "

Fonte Imagem: https://images.app.goo.gl/1zZJc2XycS9Yc5Lu8

 

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Domingos

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Domingos

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“Tudo na vida é transitório!”

Ouvi várias vezes esta frase, mas nunca fez tanto sentido como agora que os filhos cresceram e já tomam seus rumos.

Lembro-me de minha mãezinha sentada no sofá, sozinha, vendo tv aos domingos. Assim como estou agora.

Triste? Talvez. Depende de qual sentimento há no momento.

Eu não a entendia, a questionava várias vezes por que não ia passear, por que ficava ali?

A entendo agora. É o único dia em que podemos ficar quietas, assistir ao programa preferido, sem obrigações de cozinhar, lavar e arrumar.

O único dia em que o silêncio da casa faz sentido. Não sentimos culpas por não fazer nada. Sabemos que os filhos estão bem se divertindo ou dormindo.

A vida segue seu ritmo. Hoje estou quieta. No próximo domingo talvez haja um almoço, mas se isso não acontecer não há problemas.

O modo como encaramos esses domingos é que faz a diferença entre alegrias e tristezas.

Hoje faz sentido a cena de minha mãezinha no sofá, fazendo seu tricô, suas palavras cruzadas, vendo seu programa preferido aos domingos.

Aquele momento era dela, só dela. Ali ela recarregava as forças para mais uma semana.

Assim como eu agora, no meu sofá, vendo meu filme favorito, escrevendo esta crônica. Esse é meu momento, meu domingo vazio de obrigações, mas cheio de significados.

 

M.A.Oliver – 17/10/21

In Liga dos 7 - @ligadosete

https://www.facebook.com/ligadossete/?ref=page_internal

Imagem: city-city-lights-sitting-reflection-night-stars-1604273-wallhere.com - https://wallhere.com/pt/wallpaper/1604273

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Dias de chuva

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Dias de chuva

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Sempre gostei de apreciar a chuva, seus pingos na janela me trazem lembranças que há muito estão escondidinhas nos recôncavos mais profundos da minha mente.

Lembrei-me dos dias de coroação de Nossa Senhora em que pulamos a janela para participar. Minha mãe não deixava por que estava chovendo muito. Queríamos os docinhos que eram entregues no fim da coroação. Rsrsrs Coisas de criança!

Dias melancólicos de Natal. A chuva molhava as luzes da decoração e criava matizes interessantes na parede. Tempos inesquecíveis vivenciados junto à família.

Gosto de observar a rua através da janela molhada. As pessoas ficam mais apressadas, mas sempre tem aquela que larga o guarda-chuva e fica a sentir os pingos que lhes molham a face. Ficam tão imersos que passam a impressão que estão em profunda oração.

Sinto saudades dos dias de chuva de minha infância. Dos conselhos e broncas de minha mãe: “Não esqueça o casaco!”, “Tire essa roupa molhada, vai ficar doente!”, “Entra logo menina, não vê que está chovendo!”

São momentos únicos que ficam entalhados em nossa alma e que saem do seu esconderijo todas as vezes em que os pingos começam a bater na janela, numa cadência gostosa. Momentos de café coado na hora, pães de queijo quentinhos, conversa fiada e sono embalado.

Sempre gostei de apreciar a chuva! Assim como nesse momento em que, ao ouvir seu barulhinho na janela,  as "lembranças molhadas pulam para o papel e transformam a chuva lá de fora em letras de uma aquarela desenhadas pelo meu pincel." (Interação com Carlos Manuel Correa da Silva )

Maria Angélica de Oliveira – 10/10/21

Liga dos 7

 

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Desfiz os nós de minha solidão

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Imagem: https://pixabay.com/images/id-3056863/

Desfiz os nós de minha solidão

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Mais um dia se vai junto com a doce brisa

A levar meus pensamentos, minhas agruras

Que viajam ao sabor do vento que refresca

Minha alma, antes tão conturbada, agora pura.

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Não sinto mais o vazio que preenchia meu coração,

Que me entristecia, me levando a dores profundas

Que foram forjadas com o ferro do desencanto

E que fazia a vida parecer escura e sem alegrias.

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Hoje, desfiz o nó da minha solidão, se esvaiu!

Desatei toda a tristeza, não há mais lamentações!

Somente o doce sabor do amor próprio, sadio

Que me buscou do fundo do poço, curou as desilusões.

 

E assim, caminho confiante, sigo minha lenta sina

A cantar o amor por onde for, levar alento onde há dor,

Fazer sorrir os olhos pequeninos , de âmbar em cor!

Caminhando sempre adiante, brindando minha doce vida!

 

Maria Angélica de Oliveira – 28/12/16

CPP TemaPoesia: “Desfiz os nós de minha solidão”

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Obscuro

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Imagem: GREETING THE DAWN - https://www.newdawncollections.com/finearts.htm  

 

Obscuro

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Olho o horizonte, tudo está disforme, aleatório.

Nos caminhos ermos jazem insignificantes utopias.

Palavras fúteis permeiam meus pensamentos.

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Hoje o sol já não tem o esplendor de outrora.

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Tudo para em um espaço de tempo débil

Onde os sonhos estão paralisados pela dor.

Ínfimos sentimentos atordoados pelo descaso.

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O destino se perde em trilhas obscuras.

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Maria Angélica de Oliveira – 06/09/21

Tema Poesia:

“Sigo as trilhas do destino

Através de caminhos ermos.”

 

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E quando...

9555689890?profile=RESIZE_710xImagem: https://i.pinimg.com/originals

E quando...

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E quando a noite desce com seu manto

E o burburinho do dia se acalma,

Minha alma viaja através de vales.

Tenta encontrar a paz que lhe foi tirada.

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E quando, ao fechar os olhos, no relento do leito,

Meus sonhos se perdem em devaneios,

Povoados de sensações, de desejos reprimidos.

Anseia por teu toque, teu querer afoito.

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E quando, ao amanhecer o dia reluzente,

O sol entrar sorrateiro, por entre as frestas

E tocar docemente meu corpo nu,

Lembranças afloram de seu calor silente.

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E quando, ao lembrar de nós, num doce enlevo

Sentir o sabor de menta, que roubei de seus lábios macios,

Num beijo carinhoso, num afago amoroso

Que a brisa da manhã depositou em teu rosto amado.

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Maria Angélica de Oliveira

TemaPoesia: " Sabor de menta"

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CPP