soneto (35)

Maravilha

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Maravilha

 

O atrativo da vida que nos inspira

Sol reluzente nas manhãs serranas

O olhar de amor que nos convida

a vivenciar o que coração emana

 

Minh'alma apraz esse doce momento

Sinto-me enlaçada ao amor devotado

Eu que fiz ideia errônea dos seus atos

Vej

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Vestígios

 

Silêncio! É madrugada e, sobre a mesa,
repousa ali, tristonha, abandonada,
a minha poesia inacabada
igual mendiga em meio a grã pobreza

E lá pelas entranhas, dor tristeza,
instiga a inspiração já começada,
ainda que sem rima burilada,
a poesia nasce sem b

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Livre Arbítrio

PUBLICADO no CPP 

 

Livre Arbítrio

 

O eterno caderno tosqueado tempo

Manuscritos de vida os rastros de carvão

Histórias verdades não dar fé ao vento

Caminhos dirigem passos ladeira chão

 

Decola de pé jegue sentado destino

Vem o pau com arara impiedoso canto

A

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Os Dois Estranhos

 

Os Dois Estranhos

 

Os dois móveis da sala envelheceram

Com o tempo chegou a teia branca

Para quem de direito pertenciam

Viajam a dois com uma tranca

 

Apertava lhes tempo desigual 

Agora pode ser a colorida

Os tempos mudaram tal então qual

As feridas dos cal

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FLAMA

FLAMA

 

Deténs um mistério que insinua

O calor da noite de verão sugere

Um querer ardoroso que me impele

A sonhos ousados onde sou tua

 

Provocativas cenas fantasio e te sinto

Olhares ávidos de um desejo, faz arder

Corpo em brasa. Mãos em busca do prazer

Para

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Nunca foi meu...

Nunca foi meu...

Parti sem despedir, sem um adeus
O deixei num instante sem ver cor.
Jamais mereceu o que fiz, nem meu amor.
Foi melhor não ouvir apelos seus

E se hoje seu viver é solidão
É seu fardo ficar sem meu calor.
A seu lado sofri só dissabor,

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Chá Frio (Soneto)

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Chá Frio

 

Sinto os meus pés frios da alta altitude

Teu chá de ervas a xícara bem fria

Tua pobre roupagem negritude

Impróprio dormir sem a bacia

 

Teu nome não é mesmo o original

Tua alma tornou-se um crasso desleixo

Meu coração tem sangue marginal

Ralo nas ve

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Rusga Juvenil

— J. A. Medeiros da Luz

 

No meu quarto de hotel revejo a cena:

Ora, pois, com que então, minha doçura,

Tu dizes-me, assim, que vais de vez;

E que não voltarás, aqui, jamais?

 

Não me venhas com essa, Açucena.

Embora, com ser doce a rapadura,

Mol

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Quarto vazio

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Quarto vazio

.

Ao chegar em casa, o silêncio impera, massacra.

O olhar vaga pelos cômodos vazios, móveis frios.

Tua presença já não mais me espreita, nem espera.

Tudo é escuro, triste, cinzento, sinto calafrios.

.

Lembranças intensas a invadir minha

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Gozo dos sentidos

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Gozo dos sentidos
 
 
Vórtice de sensações insurgentes
Entorpecida fico nos teus braços 
Anseios vorazes antes latentes
Transbordam pelos poros, puro tato! 
 
Uma acústica selvagem me invade 
Provocativa umidade que nos atiça 
Arrebata-me o toque, meu corpo
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CPP