Postado por Nina Costa em 21 de Fevereiro de 2018 às 19:26
MEU LEÃO, MEU LEÃOZINHO...
Ruge, imponente, em meus ouvidos, Sacode a juba Lânguido e atroz. Faz do teu modo habitual Rei animal de minhas fantasias mais selvagens.
Sinta-me a adrenalina no pulsar do coração Dê o bote certeiro e eficaz. Fugirei ao teu assalto Como se surpresa do salto, Pra que não me sintas, Do teu encanto feroz, Presa fácil demais.
Estimularei tua sanha, Despertarei tua insaciável fome, O teu instinto animal. E quando enfim me abateres Marcando-me com tuas garras Provando da minha suculenta carne Entregar-me-ei à tua gula, Rendida, eu pedirei Em entrecortados ais:
Postado por Nina Costa em 14 de Fevereiro de 2018 às 5:04
A
estátua é de uma mãe com um filho morto no colo, de autoria de Käthe Kollwitz Memorial às vítimas da guerra e da tirania.- Berlim.
LAMENTO DE MÃE
Entre suas lágrimas de pranto padece
Ou chora seu lamento de dor e agonia
Prostrada no altar desenrola uma prece
Tão mãe e santa e Eva e filha de Maria...
As lágrimas são contas, q'um rosário tece,
O pranto da mulher que sofre sua cria
É o cálice amargo que a vida oferece,
Tão ventre e sustento, tanta ironia...
A insanidade humana ceifa e destrói
Transforma o fruto bom em algo vil, nocivo
Macula a semente, gêmula da luz.
A droga, violência corrompe, corrói
A sociedade, o mundo gira impassivo
E ela, tal qual Maria, chora seu Jesus...
By Nina Costa, in 14/02/2018 Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.
Fundo musical: La Pietà di Michelangelo - música di Monteverdi
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O amor de mãe.
Mesmo num momento de tristeza, A luz toca Sua face com delicadeza, Revelando ao mundo toda a nobreza, Desta alma de mãe, divina beleza!
Mesmo tendo a dor maior do mundo, Tendo o filho nos braços, moribundo, Sua alma ainda guarda, bem no fundo, Um amor imenso, divino e fecundo...
Mesmo que seja difícil compreender, A força que neste sentimento possa haver, Ainda assim podemos sentir e saber, Da grandeza, que só o amor de mãe pode ter!
Postado por Nina Costa em 6 de Fevereiro de 2018 às 21:51
JANGADEIRO
Mal amanhece o dia, Mal desperta o sol Nas multicores do arrebol, Lá se vai o jangadeiro Sobre o remanso do mar... Anônimo ser vai remando Sua jangada nas ondas, que jogam pra lá e pra cá...
Mar, Jangada, ... E jangadeiro Vai pescar sonhos, esperança, Recolher estrelas cadentes Que, lá no céu, tão luzentes Viram sereias brincando e quiseram também brincar... Sem saber pro céu voltar, Viraram, então, para sempre Lindas estrelas do mar...
E o jangadeiro sem nome, Sua jangada remando, Segue bailando bailando Nas ondas pra lá e pra cá. E as gaivotas acompanham Em sintonia com o vento, Sinestesia de luz e silêncio Enquanto o jangadeiro vai Mal amanhece o dia, Mar, Jangada, Jangadeiro Poesia em sol maior...
By Nina Costa, in 06/02/2018 Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil
Postado por Nina Costa em 6 de Fevereiro de 2018 às 21:01
JANGADEIRO
Mal amanhece o dia, Mal desperta o sol Nas multicores do arrebol, Lá se vai o jangadeiro Sobre o remanso do mar... Anônimo ser vai remando Sua jangada nas ondas, que jogam pra lá e pra cá...
Mar, Jangada, ... E jangadeiro Vai pescar sonhos, esperança, Recolher estrelas cadentes Que, lá no céu, tão luzentes Viram sereias brincando e quiseram também brincar... Sem saber pro céu voltar, Viraram, então, para sempre Lindas estrelas do mar...
E o jangadeiro sem nome, Sua jangada remando, Segue bailando bailando Nas ondas pra lá e pra cá. E as gaivotas acompanham Em sintonia com o vento, Sinestesia de luz e silêncio Enquanto o jangadeiro vai Mal amanhece o dia, Mar, Jangada, Jangadeiro Poesia em sol maior...
By Nina Costa, in 06/02/2018 Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil