Hei, Você aí...
Me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí

Não é justo o que eu estou passando
Entra ano e sai ano
E a coisa nada de mudar
No entanto o que só ouço é promessa
Sempre a mesma conversa
E a tendência é piorar

Hei, você aí...
Deixa o dinheiro aí
Deixa o dinheiro aí

Talvez por culpa de tantos desmandos...
Você vive tripudiando
Em cima da minha ignorância
Depois eu sei quais são suas intenções
Como também das suas ações
E do cuidado com as crianças

Hei! Você aí...
Deposita pra mim
Deposita pra mim

Criança esperança do País
Toda criança é um aprendiz
E aqui exemplo bom não falta
Então, que a nova ordem vire lei
Já que os bons vão pro xadrez
Enquanto os maus tão dando as cartas

Hei, Você ai
Passa o dinheiro ai
Passa o dinheiro ai

(Petronio)

(Dedicado à minha família)

Amigo
Um amigo de verdade
Daqueles que ninguém vê
Quando ao redor de você
Tudo é dificuldade
Amigo
Um amigo de verdade
Acho que esta pra nascer
Meus amigos são vocês
Essa é a mais pura verdade

Se um amigo é pouco, dois é bom, três é melhor
Mas, só sabemos de amigos quando estamos na pior

Amigo
Um amigo de verdade
Revela-se pelo irmão
Ao nos estender a mão
Oferecendo guarida
Amigo
Um amigo de verdade
Este sim amigo, é você
Aquele que ninguém vê
Um amigo pra toda vida

Se um amigo é pouco, dois é bom, três é melhor
Mas, só sabemos de amigos quando estamos na pior

(Petronio

De que adiantou-me a velocidade da luz
Ou mesmo, quebrar a barreira do som
Ou ainda ter voado à imensidão dos azuis
A te envolver com furtivas intenções

Melhor seria não ostentar tais atributos
E só lhe contentasse com os meus ardis
Sem ter que lhe pedir sempre um salvo-conduto
Cada vez que eu voasse pelos seus quadris

Ardis de quem apenas sobre mim levita
Lançado aos teus pés... Ah, Kripto-Anita
Ao transformar-me em seu herói virtual

Outrora indestrutível... Homem de Aço
Oh! Tudo eu lhe dei e hoje o que eu passo
Depois que fiz da capa um simples avental

Ai eu choro, uau uau...

(Petronio)

Os mais exaltados afirmam que Deus 
(Num gesto de fraqueza)
Afundou o Titanic
E, os mesmos que dizem serem filhos seus
(Num gesto de soberba) 
Constroem enormes diques
E navegam por eles através de palavras 
Icebergs de almas invisíveis, geladas 
Que na escuridão, perdidas vão a pique 
Transatlânticos que Deus 
Em águas mansas deixou 
Pra que delas fecundassem
Ideais e idéias que perpetuassem
Como o Titanic 
O Titanic 
Que os mais exaltados afirmam que Deus 
(Num gesto de fraqueza)
Simplesmente afundou
Num estalo, num clic...

Nota do autor:

“Tem pessoas que acham que Deus não tem mais o que fazer, senão, ficar brincando de afundar barquinhos, derrubar aviõezinhos e outras coisinhas sem importância nenhuma para Ele”

(Petronio)

Tire seus óculos escuros
Se você quer falar comigo
Que é pr'eu olhar nos seus olhos
E ver que não corro perigo

Porque nos olhos da cara
Os óculos escuros camuflam
Toda verdade que por si só se cala
Na mentira que ele oculta

Tire seus óculos escuros
Se você quer falar comigo
Prefiro os olhos nos olhos
Que eles traduzem o amigo

(Petronio)

Tem muita gente que parece que tem
Um rei na barriga
Que se alimenta e dorme muito bem
E vive com as lombrigas
Tão delicadas, senhoras de um harém
Onde são todas amigas

Ainda que sejam todas chatas, também
O sistema as obriga
A dividir o seu reinado com alguém
Que come cocô de formiga
E ainda assim, vivem com ar de desdém
Cara de rei... Há quem diga

Fico a pensar, ver essa gente no alem
Será que essa gente vinga?
E se vingar na certa serão os reis
No corpo de uma lombriga
Que cedo ou tarde, muito provavelmente
Serão, rango de formiga...
E depois cocô... Que essa gente mastiga

Sim, essa gente que parece que tem
Um rei na barriga

(Petronio)

Quem não tem uma historia
De amor para contar
Ou não teve um grande amor
Por quem chorar
Nunca amou... Ou não se deixou amar.

 Ah, nem todos viverão um grande amor
Intensamente
Como muitos acharão que esse amor será
Pra sempre
Doce ilusão... Eis que o amor mente!

Vitimas do amor
Muitos corações são condenados
A viver de recordações
Que vão estar sempre ao lado

Dos que sonham encontrar...
O grande amor da sua vida
Que se perdeu em algum lugar
Do passado... Ainda...

(Petronio)

O PASTOR
Tudo que quiseres te darei irmão, serei o teu pastor
Basta que você segure a minha mão, em nome do senhor
Serás mais uma ovelha a fecundar em meu rebanho
Semente a se espalhar e a semear todos os sonhos
Os sonhos que só os bem-aventurados irão viver
Pelos olhos do espírito abençoado ao renascer
Das águas claras que lava nossos pecados
E limpa e clareia a alma dos homens marcados

A OVELHA
Ah! Essa água abençoada e tão turva de pecados
Antes que corra pro mar quantos não serão saciados
Por esse alimento santo e nenhum tanto sadio
Sempre tão leve, tão calmo e deitado pelos rios
Diz-me ó meu bom pastor que eu ando encafifado
Estaremos só enxaguando os nossos tantos pecados?
Diz-me! Diz-me! Ó bom pastor, diz-me porque o homem mente
Está na boca dos olhos, todo pecado em semente?
Pois, se o Senhor é o meu pastor e nada irá me faltar
Ó Pastor, meu bom senhor o que poderá me sobrar?

Se ao penhor meu corpo dobra pelo muito que me cobra...
Em nome do Senhor...

(Petronio)

A carrocinha passou e levou
Meu cãozinho vira-lata
E pelo jeito ela também guardou
Ate mesmo os cães de raça
Não ouço mais o bate papo infernal
Que alguns faziam na praça
Mas da pra ouvir o chororô sem igual
Que vem de dentro das casas

A carrocinha não teve compaixão
O meu cãozinho faz falta
Será que o pobre vai é virar sabão
Se ao menos fosse uma alcatra

Mas que destino dado ao pobre fiel
Ah!  Esse mal me consome
Espero um dia encontrá-lo no céu
Alegre, livre e sem fome
Isto é: Se Deus não botar no papel
Que todos os cães nos tomem
A aparência e assim nos jogue ao leu
Ao dar a eles a natureza do homem

Que o bicho homem é a imagem do cão
E o meu cãozinho faz falta
Será que o pobre vai é virar sabão
Se ao menos fosse uma alcatra

Eu quero meu vira-lata!
Minha vida ficou tão chata
Vida de cão é ingrata...

(Petronio)

A menina passou, olhou
Depois me sorriu
É tão difícil conter a juventude
Dos olhos
O coração fica a mil...
Quantas canções eu faria
Com seu corpo em meus braços
Eu iria dedilhá-los
Na minha idade será que é pecado
Sonhar

Baby,eu me sinto tão pleno
Nesses sonhos obscenos
O que haverá na idade
Senão a triste verdade
Do corpo em movimento

Olhares libidinosos
Quem saberá dos desejos
Que se escondem por trás
De cada sorriso dado
Mas, a minha inquietude
Já não pode mais ser vista
E o jeito então é fingir
Que a juventude que há nela
Sob efeito de conquista
Passa por mim a me sorrir

Baby, eu me sinto tão pleno
Nesses sonhos obscenos...
E é tão dificil conter
A juventude dos olhos

Existirá beleza igual
Ao sorriso estampado no rosto de uma mulher
Principalmente quando este sorriso
É fruto de um amor só dedicado a ela

Então por que outros casos de amor
Guardados em versos e fotografias
Se o que vier depois
Será varrido pela ventania
Numa tempestade de saudades

Sim! É melhor compreender e saber
Que se uma lágrima rolou no rosto de uma mulher
Foi por consequência do seu mal querer
Por ter trocado os seus carinhos por outro qualquer

Ah, então por que outros casos de amor
Levados por sonhos e fantasias
Se o que vier depois
Virá com a fúria de um furacão
Tempestade de dor e...Solidão!

(Petronio)