70 poetar aos 70
No assento sessenta o velho já carcomido,
cujo acento já removido pelo tempo decorrido.
Com sua placenta intumescida e já vencida,
Pra lá de Marrakech, do árabe traduzido,
é todo ouvidos. Pai-avô - já foi bom
marido. O velho tempo passou
bem conduzido. Num suspiro
dolorido, porém, revestido.
bons momentos vividos,
alegria, sutil esperança
mais gélida que fria.
Lembrança de velha
companhia. O dia vai
passando nesta eterna idade,
quantas atrocidades do mato à cidade.
muito desenxabido por nada entender
ainda de todos os fatos ocorridos.
O velho assistiu e muito insistiu
na sua veleidade de humildade!
Podia ter desistido, porém, foi
além, esperando por mais
uma simples utilidade.
O sonhador continua
sonhando com dias melhorando o plano
divino, afinando-se ao velho destino,
num empanado sino ao velhaco
olhar de lado, velho menino.
Assim vai encontrando
outras vidas em
outros planos,
só porque
sonhar
é viver
mesmo que,
por engano.
ao passar
dos anos
com muito prazer.
Como o velho
assim diria:
É sempre bom agradecer
a eternidade terna de cada dia.
Comentários
O tempo passa para todos. Dia após dia um ciclo se fecha.
Parabéns!
Permaneça sempre nos presenteando – seu estilo é excepcional.
Sensacional poeta fantástico parabéns abraço
Muito bom,aplausos pelo texto!!
Bjs
Grato Ciducha
pelos aplausos amáveis
quais deixam minhas letras estáveis.
Bjs.