O grande amor chega em nossa vida
Como uma ave inquieta e cansada
Que precisa de socorro e proteção.
Então a gente alimenta a avezinha,
Dá carinho, atenção e moradia.
Ela pode ter uma asa quebrada
Ou um pé ferido na paixão,
E vai ficando, se recompondo,
Curando as dores de onde veio,
Sempre inquieta e ensaiando vôo.
Um dia, e não se sabe quando,
A ave começa a ensaiar viagens,
Bate as asas em revoadas curtas,
Sente saudade de outros prados.
Pois é! Ela não veio para ficar!
Numa das revoadas que ensaia,
O amor voa sem olhar pra trás
E desaparece no horizonte triste.
Marco Aurélio Rodrigues Dias
São Lourenço, MG, 2017
Comentários
Retratou com muita fidelidade, o que ocorre na maioria das vezes em que aves maltratada ou não, são resgatadas, cuidadas e, após retomarem sua forma, voltam para seu habitat natural, numa partida sem igual! Efusivos parabéns pela excelente concepção e compartilhamento! Philia e Namastê!
Obrigado Hermes pelo comentário muto pertinente.
Uma poesia cativante que canta o amor, a natureza e a vida.Abraço
Verdade, Marcia. Agradecido pelo comentário ao poema.
Grato pelo elogio!
O amor e suas vicissitudes sempre a nos supreender.... Belo texto em alusão ao amor sem data e sem loca para se alojar. Parabéns
O amor, suas bençãos e suas complicações, né!
Que delícia de leitura! Encantada com teus versos! Parabéns Marco Aurélio!
Obrigado pelo comentário! Faz bem a gente ler um elogio!
Que lindo!!!
Parabéns, Março Aurélio.
Um abraço