Tocaram a ferida da besta e a besta grunhe…
Nada coerente mas apenas o estrépito ofensivo,
que ecoa das suas muitas bocas,
ao resguardo da causa indefensável…
Os argumentos do bicho morto que julga viver…
A besta espalhou a semente estéril e daí comerá…
E do fruto que não germinou tirará o seu alimento…
Correrá pelos campos e colherá de árvores que não existem,
Verá frutos imaginários e se fartará deles no seu prato,
Vazio de verdade mas cheio do vento da sua incoerência.
Espírito maligno o tocou, e desse castigo faz doutrina.
Assim vai, fecunda o estrume e esmaga a semente com as patas,
Gera a Besta o céu de bronze sobre a sua própria cabeça,
E o tamanho da sua sombra não há quem meça…
Mário Silva
19/09/2018
Comentários
Agradeço Margarida... Bem haja!
A besta sempre permeia em nossas cabeças, mais cada um tem seus meios para derrotá-la. Brilhante versar Poeta Mario Siva. Abraços.
Agradeço ricardo sales... Neste caso a besta não se refere ao diabo mas sim à besta onde se senta a mulher de apocalipse 17...
Gracias!!
Simbologia bem forte em teu poema.
Que bom vê-lo novamente poeta, Mario.
Seja sempre bem vindo.
Obrigado Edith! Abraço