A brisa

A Brisa

 

Chega um ar suave na face

Da moça tão tímida, submissa

Aos fugazes desejos, disfarce

Sem rumo, sua estrada é movediça.

 

Presença serena do vento

Passa por sulcos do rosto

Sofrimento no escuro, tormento

Noites chegam mal o sol posto.

 

A brisa enfurece e se transforma

Num vendaval que vai arrastando

Sonhos guardados para a plataforma

Da região abissal, já sem comando.

 

Onde ficou a suavidade da brisa

Que se perdeu no redemoinho

De palavras em sentido, à guisa

Da verdade nua, sem escarninho.

 

Serenou, a brisa voltou com a aurora

Aos quatro cantos a voraz tormenta

Partiu nas asas do vento que agora

Trouxe ao seu coração luz alvacenta.

 

. Mena Azevedo

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Mena Azevedo

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Comentários

  • Gratidão sempre, querida Marsoalex!

    Boa tarde e grande beijo!

  • 295274807?profile=RESIZE_710x

  • Muito obrigada, Lílian, pela visita e gentil comentário!

    Boa noite e uma abençoada noite!

  • Gratidão, Edith, pelo lindo comentário e pela

    tão bela formatação! Boa noite e bjs.

  • Obrigada, Valéria! Fico imensamente grata

    pelo seu comentário! Nós aprendemos aqui

    em cada poesia que lemos dos colegas 

    poetas... Obrigada, amiga! Bjs.

  • Poesia alvissareira e com toque sutis de uma cativante bucolismo.Meus parabéns

  • Brilhante composição, poetisa... Aplausos Mil!

  • Quanto mais o tempo passa, melhor fica a sua inspiração. Parabéns ! 

  • 200176889?profile=RESIZE_930x

  • Poema cheio de belas imagens poéticas.

    Aplausos a ti pela lindíssima composição, querida Mena.

    Destacado!

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