Põe-se o sol a jusante de uma noite
Que chega rotunda deixando cada muda
Lágrima despedir-se da luz que fenece profunda
Acolá sei que dormita o sol volátil e entristecido
Deixando como fiança todas as luminescências
De um dia prestes a perpetuar-se assim rejuvenescido
Sonolenta e muito constrangida a noite recupera
Sua lânguida e fantástica escuridão, enquanto nós limamos
Todas as arestas a este silêncio quase incandescido…em reclusão
Enquanto além dormita um sonho hospitaleiro, enveredo
Pelo matagal das minhas memórias mais sorrateiras
Filando com toda a hostilidade uma rima que invento tão bisbilhoteira
Quão fácil é arquitectar a magia saltitando entre oníricas palavras
Sempre prazenteiras navegando pela flotilha das paixões, onde sem
Estribeiras aquartelamos mil caricias muito, mas muito certeiras
Exijo a cada hora uma pausa no tempo, qual armistício para
Tantos dos meus desassossegos rotineiros, libertando de uma assentada
Muitos dos ecos e lamentos praguejando intempestivos e derradeiros
Frederico de Castro
Comentários
A cada escrito seu que decodifico, fico com anseio de decodificar mais, me tornei ávido pelas suas letras.
Eu é que agradeço sua amizade e mensagem tão estimulante
Bem hajas
FC
Belíssimo poema. Neste dia que começa mais um ano de vida para si, desejo-lhe muitas felicidades.
Tudo de bom Frederico.
Parabéns!
Feliz aniversário Frederico!! Muita luz e paz na sua vida!
Grato pela gentil e estimulante mensagem Angélica
bem hajas
FC