Na radial nas noites as ruas se cruzam
e os destinos corrompidos se entrelaçam
a vida é vivida no interior dos muros
e são invadidas por fracos murmúrios
A chapa esquenta da forma espúria
as tias correm velozes nas ventanas
não se contam os dias ou as semanas
mas os anos aumentam está fúria
Almas frias nestes corpos quentes
no calor das jegas em sentidos valetes
e nas praias emborcados feito larvas
e nos bois moram ratos proeminentes
Nos apanágios o amor se faz presente
murmúrios são gemidos que ouriçam descabelados
são benécias demais a estas porcas gentes
soberano o quieto segue inquieto e desalmado
Alexandre Montalvan
Comentários
Maravilhoso. Escolheu um tema e trabalhou muito bem nele.
DESTACADO.
Eu confesso que não entendo nada de poesia,
entretanto,
eu deduzo que o teu belíssimo poema é um quarteto de quatro estrofes.
No qual retrata "Almas Frias, Corpos Quentes".
Parabéns.👏👏👏👏👏.
Um forte abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.
Caro amigo e poeta João obrigado por teu comentário, você esta absolutamente certo, o texto trata realmente de almas frias e corpos quentes, só que em uma realidade diferente da vivida pela maioria das pessoas, onde eu trabalho a realidade não esta nesta, que estamos acostumados a viver, no texto existem varias palavras em que a semântica somente tem sentido dentro desta realidade alternativa. No geral eu escrevo sobre esta realidade como forma de discernir melhor meu encaixe dentro de ambas. De todo modo peço desculpas, pois ao ler a maioria dos teus textos eu tenho certeza que voçê é um grande poeta e um rigoroso conhecedor da lingua portuguesa, eu gosto muito dos teus comentários, pois eles me estimulam a me comunicar, no que sou péssimo. um forte abraço e obrigado. Alexandre
Obrigado poeta Alexandre.
Eu confesso que senti um canto cego do meu ego amassageado.
Entendi.
Parabéns novamente.
Um forte abraço.