Ouvindo-a cantar, fiquei encantado,
E eu, que de fado não gostava,
Tornei-me, do fado, tão apaixonado
Que sem o meu fado diário não passava.
Sem ser santa, esses milagres fazia,
Somente com o poder da voz,
Transmitindo-nos um sentimento de alegria,
Como se cantasse só para nós.
Era tão simples e despretensiosa,
Na sua forma de viver e estar,
Que possuindo voz tão portentosa,
Afirmava não saber cantar.
O perfume da sua classe espalhou,
E afirmamos, sem chauvinismo nacional,
Que com as maiores figuras ombreou,
Fazendo respeitar o nome de Portugal.
senhora do fado o seu nome no mundo,
mas fadista do povo, preferia ser,
e a sua partida foi um golpe profundo,
nas gentes deste povo que a viu nascer.
Foram muitos os poetas que cantou,
Mas era sua a “estranha forma de vida”
E, por tudo quanto nos deu e deixou,
Nunca, nunca, a diva poderá ser esquecida.
Francis Raposo Ferreira
06/10/2019
Comentários
Bela e justa homenagem. Parabéns
Que beílssima homenagem a Diva do Fado, Amália Rodrigues.E como era Linda Mulher de rosto forte.Versos lindos de emoções a perfurmar a leitura.
Meus avós e Meu Pai nasceram na Ilha da Madeira e vieram buscar oportunidades no Brasil.Sangue Portugues é o meu sangue.
"Veio a família Domingos Ferreira"
Parabéns Francis Raposo Ferreira
de
Antonio Domingos Ferreira Filho
Lindo poema e bela homenagem.
Aplausos!
Amiga Edith Lobato, boa noite. O meu sincero obrigado. Beijinho.
Belo texto.
Aplausos!
Caro Alcebíades, boa tarde. Obrigado por tão gentis palavras. Abraço.