Uma coruja vigia,
folhas secas estalam
sob umas botas ainda frias
de um ser madrugador
que num ritual tranquilo
lança um assobio libertador.
O vento devagarinho
lança à árvore o rumor
que pelo caminho
há um camponês madrugador,
que entoa com prazer
assobios felizes ao amanhecer.
O camponês, com a mão,
retira migalhas de pão
do bolso remendado
do sobretudo usado,
e oferece ao passarinho
que se espreguiça no ninho
pipilando com alegria
ao homem que assobia.
Numa janela quadrada
uma nuvem dança encantada
à criança que de ouvido sonolento
escuta o vento
que prolonga com prazer
os felizes assobios do avô ao amanhecer...
Fernanda R-Mesquita
Voz de Irene Coimbra
Comentários
Obrigada Joaquim.
Muito obrigada Margarida. Abraço!
Congratulação, cara R-Mesquita:
Seu poema é sensível como folhas alaranjadas e fulvas a rodopiar na queda sazonal de outono. Abraço; j. a.
Muito obrigada pelo comentário José Aurélio. Abraço e boa continuação de toda a sua atividade literária.
Linda poética. Parabéns, Fernanda
Grata Lilian. Abraço!
Obrigada Joaquim. Um bom dia!
Encantada com seus versos maravilhosos!
Parabéns, Fernanda!
Bjs
Grata Marcia. Abraço!