BLASFÊMIA
Por que falar da beleza?
Essa religião explícita e oculta,
Água-benta oferecida,
Mas cegamente rejeitada
Por quem morrerá na sede.
Tão pouco sabemos de nós ...
Das flores, imitamos o espinho.
Sua brotação de esperança,
Depois da mutilação no ferro,
Não se fez competência nossa.
Ainda vivemos para morrer.
Temos uma vida apenas,
Que não floresce nem perfuma.
Somos tão somente espinhos
para sangrar, ou arrancar.
Assim vivemos e morremos:
Muito menos que plantas,
Lenhadores de nós mesmos.
(E. Rofatto)
Comentários
Parabéns! Soubeste descrever com muita verdade....
Duas "Trees" Femias in Blas...
I
Duas Trees no "cara a cara" da Nature
dialogavam sobre a blasfêmia belo dia
questionando que não há bem que cure
o homem mata-las como se faz poesia
II
Já muito desfolhadas, beirando a morte,
auto sangrando pelos próprios espinhos
lamentavam os futuros nessa má sorte
vendo o fogo consumir os seus caminhos
III
Pouco a pouco se veem diante de abismo
com suas folhas a voar - quase desnudas
Vendo o Homem praticar o seu terrorismo
sob as vistas das vís sociedades mudas
IV
- Até quando o Homem viverá em Blasfêmia
assassinando até mesmo sua Alma Gêmea???
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100120 - 13:53PMBR - gaDs***
Inspirado (ou pirado) com a Poesia Blasfêmia do Poeta Menino Edvaldo Rofatto
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Bela poesia ,Poeta. Parabéns!